Como a GenAI passou de aposta à estratégia competitiva para as empresas em 2026
O que antes era um experimento inusitado agora virou rotina. Isso porque, o que antes era 37% em 2023 agora são 82% dos líderes empresariais utilizando IA generativa semanalmente e dissolvendo a linha entre ferramenta e colega no cotidiano executivo. O ambiente corporativo abriga um novo personagem intangível: um “colaborador” incansável, ausente do organograma tradicional.
A adoção de IA avançou de hipótese à prática corrente de forma abrangente. Em 2025, pesquisas globais indicam que a maioria das organizações já incorpora IA de modo disseminado. Além disso, 95% dos profissionais de tecnologia utilizam assistentes de IA, e grande parte acredita em ganhos de produtividade significativos
As iniciativas isoladas de laboratório deram lugar a implantação cobradas de retorno real. Hoje, 3 em cada 4 empresas já reportam ganhos tangíveis com investimentos em IA generativa. Ademais, 72% acompanham métricas de ROI relacionadas à produtividade, lucratividade e throughput operacional — sinal de maturidade crescente na gestão da tecnologia.
Os investimentos acompanham essa inflexão. Quase 88% dos executivos planejam elevar os gastos com IA generativa nos próximos 12 meses. Outrossim, 62% projetam um crescimento orçamentário superior a 10% em um horizonte de 2 a 5 anos — sinal evidente de confiança na escalabilidade da tecnologia.
A adoção da GenIA dentro das organizações na prática
As estratégias variam conforme a maturidade de cada empresa. Por um lado, muitas adotam frentes focadas e modulares com parceiros especialistas, buscando valor mensurável em domínios específicos. Por outro, há empresas que já integraram a IA generativa de ponta a ponta em seus fluxos de trabalho e ecossistemas de dados, alinhando a tecnologia diretamente aos objetivos do negócio.
Em todas, porém, nota-se uma exigência comum de robustez operacional. Os clientes internos já não se impressionam com pilotos ou demos chamativas. Em vez disso, esperam que os modelos lidem com cargas reais de trabalho e suportem pressões de produção sem colapsar — um sinal claro de mudança de patamar na seriedade com que a IA é tratada.
Incorporar IA no enterprise expôs desafios humanos e culturais. Muitos líderes já identificam lacunas de competências como gargalo crítico. 49% citam escassez de talento avançado em IA generativa e quase o mesmo número vê déficit de liderança em gestão da mudança (41%), o que torna indispensável investir em capacitação e reconfiguração de papéis.
Executivos visionários começam a promover a IA como “copiloto” das equipes, ressaltando que a tecnologia pode liberar times inteiros de tarefas repetitivas para focar no trabalho estratégico. Com comunicação transparente e treinamento direcionado, é possível converter a ansiedade inicial em entusiasmo, fazendo da IA um multiplicador de potencial humano em vez de fonte de resistência.
Esses esforços de upskilling e cultura visam preparar um futuro de times híbridos, onde analistas de negócio trabalham lado a lado com agentes virtuais e colaboradores aprendendo a guiar e supervisionar modelos de IA como parte integrante da força de trabalho.
Infraestrutura e governança elevam o valor da GenAI
Estudos indicam que os maiores retornos da inteligência artificial emergem não das ferramentas em si, mas da melhora do sistema operacional da empresa. É sintomático que 90% das organizações tenham adotado práticas de engenharia de plataformas internas para servir de alicerce à IA.
Da mesma forma, emergem frameworks de governança dinâmica para garantir uso seguro e eficiente: organizações pioneiras “embebedam” controles automatizados nos fluxos de IA, com guardrail agents monitorando compliance e critique agents desafiando saídas questionáveis, tudo em tempo real.
A governança torna-se contínua e orientada por dados, mantendo o fator humano no comando final das decisões. Com isso, estabelece-se um equilíbrio em que a supervisão deve ser suficiente para mitigar riscos — sem sufocar a velocidade algorítmica que impulsiona os fluxos operacionais. Quem acerta nessa dosagem consegue capturar mais valor da IA, enquanto quem erra pode ver a escala limitada pela capacidade de oversight dos humanos.
Dito isto, a IA generativa deixa de ser aposta experimental para se firmar como ativo estratégico em 2026. Esse ano marca uma inflexão emblemática em que a fase de “aceleração responsável” dá lugar à busca de performance em escala. Com a adoção já universalizada, o foco dos líderes desloca-se do experimentar para o aprimorar. A partir daí, os líderes constroem vantagem competitiva com base em casos de uso comprovados, métricas padronizadas e guardrails confiáveis.
GenAI redefine liderança e acelera vantagem competitiva
Analistas do setor ressaltam que GenAI passa a ser reconhecida como ativo estratégico para amplificar produtividade e competitividade, habilitando hiperpersonalização, automação em grande escala e inteligência em tempo real nos negócios.
Em outras palavras, a tecnologia deixa de ser novidade pontual e passa a ser cobrada nos mesmos termos de qualquer investimento majoritário: evidências concretas de ROI, integrações responsáveis ao core do negócio e alinhamento com resultados.
“Os líderes já não se contentam em rodar pilotos e querem provas”, observou um pesquisador de Wharton, notando que GenAI agora é julgada pelos mesmos padrões rigorosos de outras apostas estratégicas, um sinal claro de maturidade crescente.
Vislumbra-se, assim, a imagem de uma organização híbrida e fluida. Nela, pequenas equipes de humanos orquestram dezenas de agentes de IA especializados, atuando em redes planas orientadas a resultados.
A hierarquia tradicional dilui-se em fluxos dinâmicos, com decisões sendo tomadas em cadência de tempo real e supervisionadas por algoritmos de controle. Ao mesmo tempo, os organogramas cedem lugar a ecossistemas expansíveis que ultrapassam as fronteiras formais da empresa.
Liderar nesse contexto vai exigir uma nova alquimia executiva. Será uma síntese instável, porém potente, entre o cálculo incansável das máquinas e a sensibilidade estratégica dos líderes, convertendo a adoção de GenAI em vantagem competitiva sustentável para quem souber harmonizar governança, infraestrutura, operações e produto neste novo concerto empresarial.

Por Alexandre Caramaschi, CMO da Semantix. Profissional com 18+ anos em vendas, marketing e transformação digital. Atua como líder de negócios globais na Herreira, desenvolvendo estratégias multicanal para expansão de marca e receita. Cofundador do AI Brasil, hub que conecta empresas e líderes para impulsionar a adoção de IA. Possui atuação internacional, estudos de benchmarking e foco em inovação, dados e colaboração estratégica.
🎧 Ouça o episódio 221 do RH Pra Você Cast:
"Empregos do futuro: demandas urgentes e habilidades em alta"
O futuro do trabalho já está em movimento. Diversos estudos apontam tendências que vão muito além da automação e da digitalização. Pesquisadores e consultorias identificam habilidades profissionais que ganharão destaque nos próximos anos. Além disso, surgem previsões sobre profissões que ainda não existem, mas que devem guiar a jornada dos trabalhadores em um cenário cada vez mais tecnológico.
Nesse contexto, preparar-se para o futuro significa alinhar-se às mudanças que já começaram. Afinal, a transformação digital, a inteligência artificial e a automação avançada já impactam o mercado de trabalho. Ignorar esses sinais pode comprometer a competitividade das empresas e a empregabilidade dos profissionais.
Habilidades do futuro e profissões emergentes
O que já mudou e o que vem pela frente
Estudos recentes mostram que habilidades como pensamento crítico, adaptabilidade, inteligência emocional e domínio de tecnologias digitais estão entre as mais valorizadas. Ao mesmo tempo, profissões ligadas à sustentabilidade, à análise de dados e à experiência do usuário ganham espaço.
Além disso, novas funções surgem com a evolução da IA generativa, da automação inteligente e da integração entre áreas. Profissionais que combinam visão estratégica com domínio técnico terão vantagem competitiva. Por isso, investir em capacitação contínua deixou de ser opcional.
Gustavo Caetano fala sobre inovação e futuro do trabalho
Referência nacional em transformação digital
Neste episódio, o RH Pra Você Cast recebe Gustavo Caetano, CEO da Samba. Reconhecido como uma das maiores referências em inovação no Brasil, Gustavo compartilha insights sobre o futuro do trabalho, as novas demandas do mercado e os caminhos para se manter relevante.
A conversa aborda temas como cultura de inovação, liderança adaptativa e o papel da tecnologia na evolução das carreiras. Ouvir esse episódio é uma oportunidade para entender como empresas e profissionais podem se preparar para o que vem pela frente.
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