O impacto do bem-estar financeiro na produtividade dos colaboradores, já parou para pensar que a vida financeira dos colaboradores é capaz de impactar o seu negócio? Pois bem. Uma tese da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP concluiu que o profissional que tem um bom relacionamento com o dinheiro é mais produtivo.

Para entender melhor essa linha de pensamento, basta refletir sobre os seguintes cenários: a falta de dinheiro costuma resultar em uma dupla jornada de trabalho, a fim de complementar a renda, que leva à exaustão. Já o endividamento tende a gerar um sentimento de insatisfação em relação à atividade profissional, enquanto que a preocupação com as contas gera dificuldade de concentração.

Apenas com as situações citadas acima é possível identificar desafios como baixa produtividade, turnover e falta de engajamento. Por esta razão, a empresa pode (e deve) auxiliar os funcionários a lidarem melhor com as finanças.

Na prática, o bem-estar financeiro é um conceito dado à jornada do indivíduo que consegue cumprir com todas as suas obrigações econômicas, se sente confortável em relação ao dinheiro, faz escolhas que lhe permitam aproveitar a vida e ainda é capaz de planejar o seu futuro. Desta maneira, um programa de educação financeira é imprescindível.

Treinamento para melhores resultados

Desenvolver uma iniciativa de finanças diárias que conscientize, organize e ensine a planejar pode ajudar muitos colaboradores a saírem do vermelho. Esse programa pode ser um curso online, aulas presenciais, webinars, entre outros modelos que mostrem para o funcionário que é possível ter uma relação positiva com o dinheiro e como isso pode impactar positivamente sua vida pessoal e profissional.

Para que essa ideia realmente se concretize, é fundamental utilizar meios de comunicação que lembrem os colaboradores sobre a importância de acompanhar os gastos e fazer economias no dia a dia para o salário render mais no final do mês.

Aqui, murais, e-mails e grupos de chats são bem-vindos. Quanto ao engajamento, uma alternativa é pedir para os profissionais compartilharem dicas e informações sobre bem-estar financeiro para que todos da equipe participem do processo e se sintam mais unidos.

Orientação individual

Outro ponto a se ter em mente é a orientação individual com o especialista, afinal, algumas pessoas não se sentem confortáveis em falar sobre finanças quando estão participando de cursos ou palestras, então esse suporte é uma ótima saída. Assim, o funcionário poderá tirar suas dúvidas sobre seus problemas pessoais e conseguirá organizar melhor o bolso.

Por fim, os benefícios corporativos também são um caminho para ajudar o colaborador a economizar o salário. No entanto, é importante levar em consideração os auxílios que impactam diretamente o bolso e o bem-estar dos profissionais. O ideal é rever a política de benefícios da empresa e apostar naqueles que fazem realmente sentido para os gastos diários da equipe.

Lembre-se que as finanças são uma via de mão dupla. Ao investir no cuidado com o colaborador, ele irá retribuir com a mesma dedicação. Atente-se!

Finanças dos colaboradores e a produtividade

Por Marco Ferelli, fundador da Allya. Formado em Sistemas de Informação e Pós Graduado pela Fatec-SP.

 

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 72, “O papel do RH e do gestor de pessoas na chamada “nova economia”” com Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e de Estratégia e Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano, ambos do Ifood. Clique no app abaixo:

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