Nos últimos tempos escutamos muito termos como o “Quiet Quitting” onde o colaborador limita suas tarefas a àquelas estritamente dentro da descrição de seu trabalho para evitar trabalhar mais horas. Ou o “Quiet Firing” onde são as empresas que tomam medidas como suspensão de feedbacks, congelamento de promoções, entre outras ações para fazer com que o funcionário se sinta desvalorizado e peça para sair e até o famoso movimento chamado de “FatFIRE” onde a ideia é focar incansavelmente em ficar rico rapidamente e se aposentar jovem.
Sim, provavelmente você tem pensado, que todos esses conceitos são “modinha”; mas a verdade é que todas essas tendencias concretizam o que todo mundo já sabe: que os tempos mudaram, e umas das grandes mudanças foi na forma como as pessoas enxergam o trabalho.
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Os nossos pais, foram ensinados a escolher uma profissão, segui-la durante toda a vida e na mesma empresa. A geração seguinte a esta, já teve um pouco mais de flexibilidade, apesar de também ter que escolher um segmento para ter foco total.
Mas será que hoje precisa ser assim?
Atualmente, busca-se cada vez mais fazer algo de valor, que agregue aos outros e faça com que cada um de nós nos sintamos bem com nossas atividades. Preza-se, sem dúvidas, por mais qualidade de vida e satisfação pessoal. Uma das grandes vantagens desse racional, é permitir que esse profissional consiga desenvolver vontades e interesses pessoais ou seja há uma entrega de fato ao autodesenvolvimento.
Mas ao final de contas que é o que realmente importa no final do dia?
Sempre tenho acreditado ferventemente que você precisa de ter claro o que você quer, seja o que isso signifique; se aposentar rápido ou ter uma vida “mais equilibrada”, você precisa estar feliz com suas escolhas, e não sou só eu que falo neste ponto, a psicologia positiva vem há décadas tentando estudar o que faz o ser humano feliz. E de fato, algumas pesquisas comprovaram que as nossas escolhas influenciam sim nossa felicidade e bem-estar.
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Além disso, outro ponto que defendo fortemente é que você precisa desfrutar o caminho. Do que adianta trabalhar tantas horas no dia se isso te gera dor? Do que adianta ficar muito tempo num trabalho que não está alinhado a seus valores pessoais?
A verdade é que a felicidade é simples. Está relacionada com a rotina, com sermos verdadeiros consigo mesmo e nos conhecermos. Além disso, está relacionada com nossos sonhos, o fazer constantemente atos de bondade, sermos mais positivos, cuidarmos de nossos aspectos emocionais, espirituais, intelectuais e físicos, além das nossas relações.
E como diz o famoso ditado: eu não sou o que me acontece, eu sou o que escolho me tornar.
Vamos ser felizes?
Ao final todo mundo ganha com isso.
Por Karen Julliet Cartagena Rodriguez. Com experiência em indústrias de base, Karen Rodriguez passou por grandes empresas como o grupo Votorantim, Nissan Motors Corporation e o setor de energia na ISA CTEEP e RAIZEN na área de RH. A profissional possui experiências nas áreas de gestão de talentos, recursos humanos, clima e cultura, experiência do colaborador, aprendizagem, aquisição de talentos, HRBP e diversidade no ambiente de trabalho.
Ouça o PodCast RHPraVocê, episódio 75, “Vida Pessoal e Profissional: há limites?” com Tiago Petreca, diretor fundador e curador chefe da Kuratore – consultoria de educação corporativa, Country Manager da getAbstract Brasil e autor do Livro “Do Mindset ao Mindflow”, sobre as principais descobertas da pesquisa. Clique no app abaixo:
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