A falta de tempo é uma das queixas mais comuns na sociedade atual, refletindo um mal estar crescente que afeta tanto a vida pessoal quanto a profissional. Vivemos em um mundo onde as demandas são incessantes, e o relógio parece correr contra nós. No entanto, será que realmente falta tempo ou estamos lidando com um problema de gestão e prioridades?
Na maioria das vezes, a sensação de falta de tempo está ligada à sobrecarga de compromissos e à incapacidade de dizer “não”. Até nos sobrecarregamos com atividades que não são prioridade por acharmos que o trabalho será mais intenso e consequentemente procrastinamos. Assumimos inúmeras responsabilidades, muitas vezes sem avaliar se elas realmente agregam valor às nossas vidas. Essa pressão constante para sermos produtivos nos leva a uma espiral de estresse e ansiedade, criando a impressão de que nunca há tempo suficiente.
Além disso, a má gestão do tempo é outro fator crucial. A falta de planejamento, a procrastinação e a dificuldade em focar nas tarefas prioritárias fazem com que o tempo escoe entre os dedos. Distrações constantes, como notificações de redes sociais e reuniões intermináveis, fragmentam nosso dia, tornando quase impossível realizar as tarefas com eficiência. Isso resulta em uma sensação de estar sempre correndo, sem nunca alcançar o que realmente importa.
No entanto, essa percepção pode ser revertida. Gerenciar o tempo com eficácia requer clareza nas prioridades e um entendimento profundo de nossos valores e objetivos. Precisamos aprender a estabelecer limites, delegar tarefas e, principalmente, a valorizar nosso tempo.
Cada minuto gasto em atividades que não contribuem para nosso bem-estar ou crescimento pessoal é um minuto desperdiçado. Preste atenção se faz grande diferença uma economia financeira pequena versus o tempo em que se perde para realizar a atividade. O desgaste pode ser maior e assim, a economia financeira levou um tempo fundamental para descanso, organização e lazer.
Para transformar essa realidade, é essencial adotar práticas de gestão do tempo que incluam a organização das tarefas diárias, a criação de metas realistas e o cultivo do foco. Mais do que isso, é preciso reavaliar constantemente as escolhas que fazemos e se elas estão realmente alinhadas com o que desejamos para nossas vidas.
A verdadeira escassez não está no tempo, mas na maneira como o utilizamos. Ao ajustar nossas prioridades e desenvolver uma relação mais saudável com o tempo, podemos não só cumprir nossas obrigações, mas também viver de forma mais plena e satisfatória. Afinal, o tempo é o recurso mais valioso que temos e cabe a nós decidir como aproveitá-lo.
Por Larissa Fonseca, Psicóloga, doutoranda Unifesp em Ansiedade, Depressão, Estresse, Sono e Sexualidade Feminina. Pós-graduação na Universidade Federal de São Paulo. Psicóloga Clínica há 15 anos com abordagem cognitiva comportamental. Especialista clínica em Ansiedade, Crise de Pânico, Burnout e Sono. Desenvolvedora de programas de saúde mental corporativa e treinamentos em liderança. Capacitação em psicologia do sono (instituto do sono). Psicofarmacologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUS-HC), Terapia Breve em Emergências pelo instituto Foccus. Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP) e Membro da Associação Brasileira de Sono (ABS).
Ouça o episódio 181 do podcast RH Pra Você Cast, “A saúde dos trabalhadores está em risco?“. A abordagem das empresas em relação à saúde dos colaboradores traz otimismo. Desde a pandemia, o bem-estar e a qualidade de vida passaram a ser assunto obrigatório nas organizações para que elas se mantenham competitivas. Contudo, será que a prática é tão positiva quanto o debate? Segundo uma pesquisa recém realizada pela Alice, ainda existem muitos gaps a serem corrigidos. Para falar mais sobre o estudo e também a respeito do cenário da saúde do trabalhador para 2024, batemos um papo com Sarita Vollnhofer, CHRO da Alice. Confira abaixo:
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Capa: Depositphoto