Empresas, escolas e universidades: tripé de sustentação para aumentar a produtividade brasileira

Muitos países entendem as universidades como um elemento central da sociedade. Podemos ver, por exemplo, que na cultura norte-americana o jovem enxerga o Ensino Superior como uma ponte para sua realização pessoal e sequência, quase que imediata, em uma determinada carreira.

Seja nos esportes, nas empresas comerciais, de serviços ou indústrias, as instituições educacionais americanas atuam em parceria com empresas e com o governo para alinhar a formação acadêmica com escolha de profissão do aluno. E isso acontece quase que naturalmente, com muita fluidez, pois já faz parte da visão de mundo destas pessoas e da vida do país.

Ao longo das últimas décadas, mesmo que lentamente, o Brasil também caminha nessa direção, aproximando cada vez mais os mundos acadêmico e profissional.
Durante muitos anos, isso foi visto por aqui como uma visão muito pragmática e utilitarista da educação que poderia empobrecer os projetos educacionais e, por fim, a formação dos estudantes. E, em função disso, as empresas e as escolas ou universidades eram praticamente tratados como mundos isolados.

Aos poucos, a visão de que é possível e desejável trabalhar em sala de aula com problemas do mundo real, com projetos interdisciplinares, aliando a teoria com a prática para solucionar desafios do cotidiano, tem sido amplamente difundida e validada nos meios acadêmicos e com resultados muito satisfatórios do ponto de vista de aprendizagem e sequência da carreira dos estudantes.

Muitas empresas já perceberam isso e investem, por exemplo, em centros de formação em universidades ou centros universitários para capacitação e desenvolvimento de competências adicionais aos alunos que estudam em áreas ligadas à sua atuação. Isso garante que os alunos saiam do Ensino Superior com competência para atuar e contribuir com as empresas de um dado setor.

Outras investem ainda em formação dos seus funcionários bancando cursos em instituições educacionais para a melhor capacitação destes e consequente aumento da produtividade.

Há aquelas que auxiliam empresas na escolha ou no desenvolvimento sob medida de cursos. E também fazem parcerias com centros de formação de grandes empresas do mundo da Tecnologia da Informação nos quais os alunos dessa área aprendem a teoria e prática de modo indissociável.

Com o advento da pandemia é inegável que as relações profissionais e educacionais já mudaram bastante e ainda estão em fase acelerada de transformações.
Uma quantidade expressiva de organizações optou e deve manter parte de seus funcionários trabalhando de maneira remota, o que naturalmente muda em muito a dinâmica de setores importantes como imobiliário, comércio eletrônico, de tecnologia da informação em geral e também o educacional.

O ensino híbrido e a educação a distância, assim como as plataformas de trabalho remoto e de videoconferências, passaram a fazer parte do cotidiano de grande parte da população mundial.

Aquilo que parecia ser um projeto futuro e ainda longínquo, debatido por décadas com os rótulos de “teletrabalho” e “educação sem fronteiras” e outros jargões utilizados muito mais como teoria do que algo de fato aplicável, de um dia para o outro passou a ser a fonte de sobrevivência de boa parte das empresas e da sociedade como um todo.

Comércios pequenos, pessoas até então com pouco acesso à tecnologia, passaram a utilizar de modo crescente a tecnologia como forma de diminuir a distância imposta pelo inevitável isolamento social.

Nesse contexto, de tantas mudanças e crises financeiras, o acesso à educação se faz ainda mais urgente e necessário e a Educação a Distância e os programas de acesso cumprem, então, cada vez mais, um importante papel.

Afinal, a educação é o melhor caminho para a retomada e para o crescimento do nosso país e crises e mudanças cíclicas sempre apresentam oportunidades para exploramos novos caminhos que possibilitem a formação de mais e mais brasileiros.

Empresas, escolas e universidades e a produtividade

Por Sidney Zaganin Latorre, reitor do Centro Universitário Senac.

 

 

 

 

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

Não se esqueça de seguir nosso podcast e interagir em nossas redes sociais:

Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube