A fase de estágio pode ser vista como uma etapa obrigatória na trajetória acadêmica. No entanto, esse período vai muito além de uma formalidade curricular. Afinal, ele representa uma oportunidade valiosa para conectar o conhecimento teórico com a realidade do mercado, impulsionando o estágio e crescimento profissional dos aprendizes e transformando-os em verdadeiros protagonistas de suas carreiras.
Segundo dados da Associação Brasileira de Estágios (Abres), entre 40% e 60% dos estagiários são efetivados ao final do contrato.
Ademais, essa estatística evidencia que a experiência pode ser o ponto de partida para uma carreira promissora. Afinal, o estágio vai muito além de uma simples vivência temporária.
Estágio e crescimento profissional: um caminho para a liderança
Recentemente, conversei com um colaborador da nossa equipe que trilhou o caminho de estagiário até assumir o cargo de liderança. Ele compartilhou o quanto foi desafiador equilibrar os compromissos da faculdade com as responsabilidades do trabalho. Ainda assim, ele soube absorver os aprendizados do dia a dia e aplicá-los também no ambiente acadêmico, obtendo sucesso nas duas áreas.
Esse relato reforça como o estágio, quando bem aproveitado, é uma experiência rica e transformadora. Por consequência, ele desenvolve competências que vão além dos livros, como trabalho em equipe, gestão do tempo, proatividade e comunicação assertiva.
Para tirar o máximo proveito dessa fase, é essencial que o estagiário adote uma postura ativa desde o primeiro dia. Observar atentamente a rotina corporativa, escutar com interesse, fazer perguntas e buscar entender os processos são atitudes que demonstram engajamento e a sede de aprendizado.
Além disso, é fundamental aproveitar a disponibilidade de profissionais mais experientes, estar aberto a receber feedbacks a fim de não apenas acelerar o desenvolvimento, mas criar conexões valiosas que podem gerar frutos futuros.
Estágio como ponte para aprendizado e inovação nas empresas
Do lado das empresas, o estágio é uma excelente oportunidade para identificar novos talentos, oxigenar o time com novas ideias e fortalecer uma cultura de aprendizado contínuo. Para isso, as lideranças - especialmente as de Recursos Humanos - precisam estruturar uma trajetória que seja de fato formativa, que vá além da simples execução de tarefas.
Isso inclui a designação de um tutor ou mentor que acompanhe de perto o estagiário. Além disso, prevê a oferta de atividades compatíveis com seu nível de conhecimento, com desafios progressivos, e sua inclusão nas discussões e decisões da equipe sempre que possível.
Outra prática valiosa é dar visibilidade ao impacto do trabalho do estagiário criando um espaço de aprendizado mútuo, em que ele se sinta valorizado e perceba sua evolução.
m um mercado em constante transformação, a demanda por profissionais preparados e adaptáveis cresce cada vez mais. Por isso, o estágio se consolida como um elo estratégico entre o aprendizado e a prática.
Quando bem estruturado e valorizado por ambas as partes, se torna um terreno fértil para o crescimento profissional e a inovação dentro das organizações. É nessa parceria entre estudante e empresa que surgem profissionais mais preparados para os desafios do presente. Como consequência, as organizações se tornam mais conectadas com as reais necessidades atuais e do futuro.
Por Patricia Sanches, Head de RH da Up.p. Possui mais de 20 anos na área de Gestão de Pessoas. Nos últimos 18 anos, atuou em posição de liderança, sempre focado no bem-estar das pessoas e na construção de ambientes saudáveis. Conhecimentos generalistas com foco na implantação e reestruturação de subsistemas de RH (Atração de Talentos, Desenvolvimento Organizacional, Remuneração e Benefícios), planejamento estratégico, projetos de M&A, gestão da mudança, cultura organizacional e engajamento.
🎧 Ouça o episódio 211 do RH Pra Você Cast:
“Escritórios cheios: dá para voltar ao presencial sem perder talentos?”
A volta para os escritórios é uma tendência que cresce cada vez mais. Diversas plataformas de vagas já identificam um aumento significativo nas oportunidades presenciais. Por outro lado, as opções híbridas e remotas não mantêm o mesmo ritmo de antes.
Mas, diante dessa mudança, será que os profissionais estão realmente satisfeitos com essa decisão? Empresas têm suas razões para trazer equipes de volta ao ambiente físico. No entanto, o impacto dessa medida no engajamento dos talentos merece atenção.
Como a volta ao presencial afeta o engajamento dos profissionais
Para entender melhor esse cenário, conversamos com Raissa Florence, Cofundadora e Diretora de Growth da Koru. Sua análise traz insights valiosos sobre como os profissionais estão lidando com a transição para o trabalho presencial. não deixe de ouvir o episódio completo!
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