Bora desromantizar o “pessoas são o maior ativo da empresa”?

Você já deve ter ouvido essa frase em algum momento da sua carreira. Talvez até já tenha falado. “As pessoas são o maior ativo da nossa empresa.” Mas será que a gestão realmente reflete essa crença no dia a dia?

Ela parece bonita. Inspiradora. Até sensata. Mas vamos com calma: ativo?

No mundo contábil, ativo é tudo aquilo que possui valor econômico e pode ser controlado por uma empresa. Por exemplo, incluem-se imóveis, patentes, computadores... Curiosamente, segundo esse jargão, também gente?

A partir disso, surge uma reflexão inquietante sobre como as pessoas são enquadradas sob lógicas financeiras. Por outro lado, vale questionar se esse tipo de linguagem realmente traduz o papel humano nas organizações. Em última instância, tratá-las como ativos pode reduzir sua complexidade a números em uma planilha.

Skills obrigatórias do RH

Pessoas não são ativos. E esse discurso precisa evoluir

Chamar pessoas de “ativos” é desumanizar sutilmente. É colocar seres humanos na mesma categoria de recursos que podem ser comprados, depreciados, substituídos.

Quando dizemos que gente é ativo, a ideia que se transmite, inicialmente, é que o valor das pessoas está atrelado ao que elas entregam. A partir daí, surge uma reflexão importante: o que acontece quando elas não entregam como esperado?

Será então que são descartadas? Ou pior, reclassificadas como “passivos”?
Nesse contexto, é urgente repensar como a gestão enxerga o papel humano nas organizações — não como recurso, mas como sujeito de direitos, potenciais e histórias.

Essa lógica mercantiliza relações e cria ambientes de trabalho onde o ser humano só vale enquanto performa.

Podemos (e devemos) fazer melhor

Se queremos organizações mais humanas, a forma como nos referimos às pessoas importa e não é apenas uma "simples forma de falar". Linguagem molda pensamento. E pensamento molda cultura.

Em vez de "pessoas são o maior ativo", que tal:

  • Pessoas são a energia vital do negócio.
  • São quem fazem tudo acontecer.
  • Sem pessoas, não existe estratégia.
  • Gente não é ativo. É protagonista.

Frases bonitas não compensam práticas incoerentes

Já vi empresa com parede cheia de frases sobre “valorização das pessoas”, mas com RH sobrecarregado, lideranças despreparadas e zero investimento em clima ou cultura. Acho que isso não é novidade para ninguém.

Valorizar pessoas é agir, não escrever. É ter políticas coerentes, escuta ativa, desenvolvimento contínuo e segurança psicológica. O resto... é marketing.

E você?

Na sua empresa, as pessoas são mesmo valorizadas ou apenas “ativos bonitinhos” no discurso institucional?

pessoas_foto da autora

Por Amanda Oliveira, Recursos Humanos | Cultura Organizacional e Neurociência Aplicada | Recursos Humanos Estratégico | Business Partner | Agile HR | Employer Branding | Employee Experience | People Analytics | Gestão de Projetos | ESG.



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CLT Premium: Moda ou Transformação Necessária na Cultura de Trabalho Brasileira?

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