A Comunicação não violenta: a arte de re-humanizar as relações em tempos de pressão
Vivemos em tempos de tensão constante, onde as cobranças não param, os prazos são curtos, os ruídos se amplificam nas redes e, muitas vezes, falamos muito escutamos pouco. Diante desse cenário, a Comunicação Não Violenta (CNV) surge como um antídoto, quase subversivo, capaz de transformar ambientes, aliviar conflitos e reumanizar as relações profissionais e pessoais.
Mais do que uma técnica, a CNV é uma postura diante da vida. Criada pelo psicólogo Marshall Rosenberg, ela propõe um caminho de conexão genuína, que parte da empatia e da escuta ativa para construir pontes onde antes havia muros. Mas engana-se quem pensa que ela serve apenas para conversas suaves ou espaços terapêuticos. A CNV tem potência estratégica.
Na gestão de crises, por exemplo, a CNV é uma ferramenta poderosa. Ela permite que, mesmo sob pressão, os interlocutores consigam expressar suas necessidades com clareza, sem ataques ou defesas desnecessárias. Isso reduz tensões, reconstrói narrativas e, sobretudo, protege reputações.
Comunicação Não Violenta: estratégia para lideranças e culturas fortes
Nas grandes corporações, em que o clima pode ser um campo minado de egos e urgências, cultivar a Comunicação Não Violenta pode parecer contracultural. Mas é justamente quando ela se torna mais valiosa.
Equipes que se escutam, líderes que se comunicam com empatia e assertividade, e culturas organizacionais que valorizam o diálogo são menos propensas ao colapso. Elas inovam mais, retêm talentos e atravessam crises com mais dignidade.
CNV não se trata de falar manso ou ser passivo. Tampouco, para evitar conversas difíceis. Estas sempre existirão. É falar com propósito, com consciência e, acima de tudo, com responsabilidade emocional. É uma prática que exige a coragem de se comprometer consigo e com o próximo mediante a condução de uma comunicação que transforma. Demonstrar através da linguagem verbal e não verbal que você realmente se importa.
Empresas que desejam construir autoridade e reputação sólida estão redescobrindo o poder do diálogo autêntico. A CNV, nesse contexto, é estratégica.
Por Roberta Diniz, comunicadora, especialista em comunicação estratégica, gestão de crise em comunicação e criação de autoridade. É sócia Diretora da Q Comunicação.
🎧 Ouça o RH Pra Você Cast, episódio 212 sobre as mudanças na NR-1 e os Impactos e Desafios para Empresas e RH
O que muda na NR-1 e por que isso importa?
As alterações na NR-1 estão entre os temas mais discutidos no momento. A partir de 26 de maio, novas diretrizes entram em vigor, exigindo que as empresas prestem mais atenção aos riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Muitas organizações já possuem práticas avançadas de saúde mental. No entanto, algumas ainda enxergam essa nova norma com preocupação.
Como a NR-1 impacta as empresas?
A implementação da nova NR-1 exige uma abordagem mais estratégica para a gestão de pessoas. Isso significa que as empresas devem revisar suas políticas e adotar medidas que protejam o bem-estar dos colaboradores. Em contrapartida, marcas que já investem na saúde mental podem se destacar ao se antecipar às mudanças. Assim, a regulamentação pode ser vista tanto como um desafio quanto como uma oportunidade.
O que esperar dessa transformação?
Embora algumas organizações vejam as mudanças como complexas, elas também podem representar um avanço significativo para o mercado de trabalho. Além disso, a NR-1 pode impulsionar uma cultura corporativa mais saudável e alinhada com as necessidades dos profissionais.
Confira a visão de especialistas
Para explorar mais a fundo esse tema, o RH Pra Você Cast trouxe Elaine Regina Ferreira, diretora Executiva de Gestão de Pessoas e ESG da Rede Santa Catarina. No episódio 212, ela analisa o impacto dessas mudanças e o que as empresas devem considerar para se adaptar com sucesso.
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