O final do ano chegou e com ele a alegria do 13º salário. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2021 cerca de 83 milhões de brasileiros têm direito ao benefício.
Para muitos, o dinheirinho extra já tem destino definido como as confraternizações entre amigos, as trocas de presentes e as festas de final de ano. Porém, é bom manter a atenção para o uso do 13º salário com sabedoria e responsabilidade, tendo em mente o planejamento de uma vida financeira estável e organizada.
Sempre falo que é necessário não se deixar levar pela emoção que as festas de fim de ano nos causam. Por isso, adotar critérios estratégicos na hora de receber o benefício é essencial. Muitas pessoas sempre me falam que o maior problema é na hora de decidir: preciso consumir ou poupar? Essa questão não precisa ser encarada como um “tudo ou nada”.
Para evitar esse tipo de dor de cabeça, é sempre bom que você, antes de tudo, realize uma análise da sua atual condição financeira. Coloque tudo no papel, contas mensais, cartões de crédito, gastos para os próximos meses, tudo. A partir disso, desenhe as metas de curto e longo prazo que você pretende alcançar. Considere todas as particularidades, sonhos, valores, objetivos. Comece fazendo essas perguntas e elencando as suas prioridades.
Para te ajudar, abaixo listei algumas dicas para você usar o seu 13º salário para organizar as finanças e começar o ano que vem com as contas no azul. Confira:
1. Use o benefício para quitar dívidas atrasadas: final do ano é sempre um bom momento para aproveitar a chegada desse dinheiro extra. A época também faz com que muitas empresas ofereçam bons descontos. Busque eliminar as parcelas que mais prejudicam sua renda mensal. Se possível, entre em contato com a sua instituição financeira e veja as possibilidades de negociação.
2. Hora de montar uma reserva de emergência: o 13° pode ser uma boa oportunidade para você começar a montar uma reserva de emergência que nada mais é que uma espécie de poupança guardada ao longo de um certo tempo onde o valor irá ajudar a cobrir despesas em casos emergenciais. O primeiro passo é definir o valor dessa reserva.
Não há uma porcentagem exata que você deve guardar do salário, o certo é saber quanto pretende guardar e qual é o prazo desejado para conseguir. Mesmo que seja com um valor pequeno, é muito importante começar a ter o hábito de guardar parte do seu salário para eventuais situações. Isso pode ser de grande ajuda na hora dos perrengues.
3. Novo ano, mesmas despesas: como sabemos, todo início de ano temos despesas como: IPVA, IPTU, matrícula dos filhos, compra do material escolar etc. Portanto, é essencial reservar parte do dinheiro para estas despesas, sem deixar o orçamento familiar prejudicado. A dica que dou é realizar o pagamento desses impostos à vista para conseguir desconto. Em relação ao material escolar, pesquise os melhores preços antes de comprar.
4. Na hora de comprar os presentes, escolha as listas mais baratas: caso não esteja no seu melhor momento financeiro, a ideia é fazer uma lista de presentes mais barata. Se você tiver algum dom ou talento, também vale fazer algo mais caseiro com um bilhete desejando boas festas. Uma outra dica é aproveitar as promoções da Black Friday.
5. Investir pode ser um bom caminho: você pode fazer o seu 13° render de forma inteligente e com bons investimentos. Porém, o conselho que dou aqui é para realizar aplicações de baixo risco. Se você já tiver uma reserva de emergência, poderá partir para investimentos de médio e longo prazo, incluindo renda variável.
Por Gustavo Raposo, cofundador e CEO da fintech Leve. É formado em engenharia de automação e controle pela Universidade Federal de Santa Catarina. Possui MBA na área de Serviços de Gestão Financeira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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