Já parou para pensar que as suas escolhas e atitudes – seja na vida pessoal ou no ambiente profissional- “moldam” a sua marca pessoal, e fazem com que as pessoas ao seu redor o enxerguem e atribuam a você qualidades e defeitos relacionados aos seus comportamentos? Como será que você está sendo visto, nos diferentes contextos em que se insere?
Vivemos hoje em um mundo ágil, em que as situações se refazem e se reinventam com muita velocidade, as transformações são rápidas e constantes e as coisas não parecem ser feitas para durar – às vezes nem mesmo as relações humanas. Em uma realidade em que tudo parece substituível, se uma marca se mostra melhor do que a que alguém está acostumado a consumir, é fácil substituí-la por uma nova.
Se transportarmos esse cenário para as relações humanas, perceberemos que não é tão diferente. Por isso, é fundamental ter uma marca pessoal coerente, alinhada à sua própria essência e ao seu propósito, para que a vida pessoal e a realidade profissional fluam bem. Nunca é tarde para reconectar sua marca pessoal com você mesmo, e ajustar certos comportamentos que o impedem de atingir a marca que ela realmente deseja representar.
Nós somos todos marcas e expressamos um conjunto de características, capazes de cativar ou repelir aqueles com quem convivemos – sejam chefes, colegas de trabalho, amigos ou familiares. Para alterar algumas atitudes e atingir objetivos pessoais e profissionais, é preciso passar por um processo de mudança comportamental, que é o Rebranding.
É fundamental pontuar e deixar claro que o método nada tem a ver com o Branding. O Rebranding é um processo de reposicionamento da marca pessoal, em que o indivíduo é desafiado a responder: se você fosse uma marca, qual você seria?
A partir desse questionamento, é possível identificar fraquezas e fortalezas, conhecer onde estão as dificuldades e os desafios pessoais, e de fato ajustar o que é preciso.
Para facilitar essa jornada rumo à uma conduta pessoal e profissional de sucesso, listei cinco passos para a reconexão com a marca pessoal e a própria essência:
1- Desenvolver a autopercepção
Esse é o primeiro passo, pois a partir do momento em que se percebe melhor os próprios comportamentos, torna-se possível analisar qual o impacto que um determinado comportamento pode causar nos outros. Para isso, é preciso perceber melhor a si mesmo, ter uma visão mais ampla de si próprio, mesmo que seja uma realidade difícil de encarar e aceitar.
2 – Tomar consciência dos comportamentos
Existem várias atitudes que são praticamente automáticas, repetitivas, e feitas no “piloto automático”. São padrões de comportamento, aqueles aos quais recorremos muito, inúmeras vezes sem nem ao menos perceber e, quando nos damos conta, estamos “patinando” e não conseguimos sair do mesmo lugar. Esse processo de autopercepção ajuda a pessoa a fazer os ajustes necessários de comportamento.
3 – Estar atento ao que “tira do eixo”
Quando estamos mais conectados aos próprios comportamentos fica mais fácil se perceber mais, entender melhor o que gosta, o que realmente faz bem a você, o que faz mal, o que te desestabiliza, e assim por diante. O que faz você se sentir confortável te aproxima da sua essência, que eu chamo de ‘sua verdade’. Quando você se reconecta com essa verdade interna, os comportamentos começam a se transformar e, com isso, a postura das pessoas começa a mudar também.
Podemos dizer que quando se está passando por um processo de autoconhecimento e de transformação, é bastante comum que algumas pessoas se afastem e outras se aproximem, justamente porque aquele seu antigo jeito de ser, aquela vibração anterior, não está mais alinhada com a vibração da outra pessoa.
4 – Ajustar comportamentos
Quanto mais se faz ajustes comportamentais, identificando dissonâncias e aprimorando conteúdos, mais a pessoa vai expressar quem ela realmente é. Perceber a própria essência alimenta e dá força para que você escute melhor, enxergue melhor e fale o que deve ser falado. Seus comportamentos e posicionamentos formarão sua identidade e, por conseguinte, sua nova marca.
5 – Conhecer a própria força
Como última etapa, a pessoa passa a perceber que é possível transformar aquilo que expressa para o mundo. Ao notar essa transformação, o indivíduo toma consciência da sua potência para poder definir, construir, criar ou melhorar e ser a marca que ele deseja ser. Isso nada mais é do que um planejamento estratégico, que passa por todos esses passos para deixar o velho jeito de ser e ‘vestir’ o novo.
Por Regina Nogueira, especialista em reposicionamento de marca e autora do livro “Você é uma marca! Descubra como usar o Personal Rebranding pode mudar a sua vida por meio das marcas“, que será lançado em outubro. É Pós-Graduada em Neurociência e Comportamento pela PUC- RS, Bacharel em Economia pela PUC-SP, Propaganda e Marketing pela ESPM e em Liderança pela Columbia University – NY. Atuou no mercado publicitário por mais de 20 anos, tendo ocupado cargos de liderança em grandes empresas e agências nacionais e multinacionais nas áreas de Atendimento, Planejamento, Marketing e Branding.
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