Nos deparamos cada vez mais com temas ligados à ESG (Sigla para: Ambiental, Social e Governança), no mercado corporativo. Os esforços para reduzir impactos ao meio ambiente, promover melhorias sociais e implementar uma conduta ética e transparente são valores que devem direcionar as empresas de todos os tamanhos e segmentos.
Estamos falando sobre as organizações atuarem com responsabilidade social em prol da sustentabilidade. Independente do tamanho ou segmento, são empresas que entendem que o seu negócio deve ter responsabilidade com o que causa no meio ambiente e sociedade.
Especificamente neste conteúdo, o foco será destinado ao segmento de sustentabilidade para o mercado de PME’s.
Segundo uma pesquisa desenvolvida pela agência Union + Webster em 2019, apresentou que 87% da população brasileira prefere comprar de empresas sustentáveis e 70% não se importa em pagar um pouco a mais por isso.
Desse modo, os consumidores de diversas gerações estão cada vez mais conectados às questões sociais e ambientais. Isso força as empresas a tomarem atitudes reais em relação aos impactos que geram com a sua operação.
Trazendo para o mercado de pequenas e médias empresas, as iniciativas com foco em responsabilidade corporativa são um dos grandes aprendizados que as grandes corporações devem repassar aos demais mercados.
A implementação de regras que estabelecem a conduta ética a ser praticada por todos na empresa, contribui para o comportamento adequado, minimizando práticas inadequadas como corrupção e assédio moral. Esse é o tipo de ação que beneficia o ecossistema como um todo (colaboradores, fornecedores e a própria empresa / investidores).
Especificamente no tema ambiental, conseguimos destacar como ações práticas o desenvolvimento de embalagens recicláveis, ou que utilizem menos plástico, utilizar energias limpas e renováveis, como a eólica e a solar, realizar a destinação correta de resíduos e efluentes, dentre outras atitudes.
Quando refletimos sobre ESG para pequenas e médias companhias, acreditamos que seja algo muito limitado, mas muito pelo contrário, pois é algo que inclusive pode impactar diretamente o desenvolvimento econômico regional através da contratação de serviços de fornecedores locais (o que é muito comum para as pequenas empresas e não tanto para as grandes).
Por fim, é fundamental apontar para o novo ecossistema que surge no mercado B2B (entre empresas). Atualmente as organizações compradoras não avaliam apenas preço, prazo de entrega e qualidade do produto.
Mas também de quem ela está comprando, isto é, quais critérios essa companhia adota para o tema de responsabilidade ambiental, por exemplo. Caso não seja apresentado nenhum material sobre o tema, diversas companhias acabam declinando de convidar fornecedores para processos de concorrências, pois na etapa de análise desse fornecedor (homologação e gestão), ele já não é aprovado.
Ou seja, o ESG que antigamente era visto como uma ação pontual e muitas vezes com foco apenas em marketing, hoje passa a ser um dos fortes critérios de avaliação para as empresas decidirem quais serão os seus parceiros de negócios.
Porém, o mais importante é que para que o ecossistema funcione, é necessário uma cultura empresarial em que a sustentabilidade e o propósito sejam essenciais para a existência da organização.
Por Carolina Cabral, CEO da Nimbi.
Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 55, “A vez do ESG e o papel do RH nesse contexto” com Alan Kido, Gerente de Diversidade e Inclusão da TIM. Clique no app abaixo:
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