A pausa para o café entre uma atividade e outra no escritório pode ser revigorante. Afinal, a bebida é uma das mais queridas e presentes no dia a dia dos brasileiros. De acordo com uma pesquisa do Instituto Axxus, realizada com mais de quatro mil pessoas, 29% dos participantes consomem mais de seis xícaras de café por dia, enquanto 46% bebem de três a cinco xícaras diariamente. Além de ser uma fonte de energia e disposição, o café tem se mostrado um poderoso aliado quando o assunto é interação e conexão entre os colaboradores.
Em 2021, o lar se tornou o principal local de consumo da bebida, reflexo das medidas de isolamento social. No entanto, em 2023, o trabalho voltou a ser o local predominante para essa prática. O retorno ao ambiente corporativo, aliado ao aumento no consumo, demonstra que o café está profundamente incorporado na rotina dos trabalhadores brasileiros. Inclusive, de acordo com dados do IBGE, o Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
A pesquisa do instituto também destaca que 35% dos entrevistados veem na bebida uma oportunidade para interagir. Por isso, ela se consolida como ferramenta valiosa para a socialização no ambiente de trabalho, proporcionando momentos de descontração e troca de ideias, fortalecendo laços e contribuindo para um ambiente mais colaborativo.
Cultura empresarial e café: potencializando a colaboração e satisfação dos funcionários
“Como head de unidade de importante companhia de café, acompanho de perto as principais mudanças e tendências do mundo corporativo. Por isso, acredito que a retomada do trabalho presencial transformou os escritórios em centros de interação e cultura. Além disso, posso afirmar que o café desempenha um papel crucial não apenas na produtividade e bem-estar dos funcionários, mas também na retenção e atração de talentos”.
As suas pausas criam oportunidades para as pessoas se reunirem, conversarem e construírem conexões que vão além das tarefas cotidianas. Além disso, pesquisas recentes mostram que o comportamento dos consumidores brasileiros está se transformando em comparação aos anos anteriores. Dados mapeados em estudo encomendado pela empresa, Project Cup 2023, constataram que a motivação de consumo de café em busca de momentos de prazer vem ganhando espaço em relação ao consumo em busca por estímulo e energia. Em outras palavras, o consumo está transitando da motivação funcional para a emocional. Com isso, os brasileiros estão desfrutando mais do café e de suas inúmeras possibilidades como um passatempo e uma maneira de aproveitar momentos sociais e de pausa.
“Coffee Badging”
Outra tendência recente que é muito importante destacar, é o movimento “coffee badging“, onde os funcionários marcam presença no escritório apenas para tomar um café com os colegas antes de continuar sua jornada de trabalho em outro lugar. Esta prática oferece vários benefícios, como economia de tempo e dinheiro, flexibilidade, entre outras. Além disso, permite que os colaboradores mantenham a interação social mesmo em um modelo híbrido.
A novidade surgiu como uma forma de protesto ao trabalho integralmente presencial, mas coloca luz em um ponto importante: promover interações sociais – mesmo que breves – de forma descontraída pode trazer benefícios. De acordo com pesquisa da Owl Labs, com 2 mil profissionais dos EUA, quase 60% dos trabalhadores híbridos afirmam ser adeptos do “coffee badging”.
“Diante disso tudo, minha percepção é que o café tem se mostrado um aliado poderoso para as empresas, promovendo interações e reforçando que os momentos de consumo da bebida, seja na vida social ou corporativa, são valiosos para a socialização, contribuindo para mais inovação e trocas, nas quais resultam no desenvolvimento mais acelerado da empresa. Por isso, investir em espaços de convivência nos escritórios, onde os colaboradores possam desfrutar de um bom café é sempre uma boa pedida”.
Por Flávia Mantovani, Diretora da Nespresso Professional Brasil.
Ouça o episódio 176 do podcast RH Pra Você Cast, “O que esperar do bem-estar corporativo para 2024?“. Falar de bem-estar nas empresas envolve diferentes nuances e desafios. Fato é que o tema não pode perder a sua força dentro das organizações, especialmente por conta das “incompatibilidades” ainda existentes, o que pode comprometer a qualidade das estratégias de bem-estar e qualidade de vida desenvolvidas. Para entendermos melhor a dinâmica do que é esperado em relação ao assunto para 2024, convidamos Renato Basso, VP de Pessoas Global do Gympass, que compartilha os principais insigths mapeados no estudo “Panorama do Bem-Estar Corporativo”, que recém lançou sua segunda edição. Confira o papo clicando abaixo:
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