Bem-estar feminino nas empresas: Reduzir desafios e promover equilíbrio
As mulheres enfrentam desafios em todas as áreas de suas vidas. No trabalho, não é diferente: a pressão constante e exagerada por desempenho, as duplas jornadas, a sobrecarga de responsabilidades, as expectativas irreais e a cobrança contínua pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional são apenas alguns exemplos das batalhas que enfrentamos diariamente. Dessa forma, é fundamental que o bem-estar feminino nas empresas seja uma prioridade, para que possamos reduzir esses desafios e promover ambientes mais saudáveis e inclusivos.
Precisamos agir agora. Sociedade e empresas precisam se perguntar:
- por que as mulheres precisam alcançar o padrão mais elevado em todas as esferas de suas vidas?
- qual é o peso de “ter que ser” uma boa mãe, esposa e profissional 100% do tempo?
- devemos realmente estabelecer metas inalcançáveis?
Além disso, é essencial colocar o bem-estar feminino nas empresas em pauta, criando espaços para discutir e enfrentar essas questões. Assim, precisamos analisar e debater o “trabalho invisível” que muitas de nós realizamos.
Bem-estar feminino: Urgência de ações para ambientes corporativos equilibrados
Muitos números já reforçam a urgência dessas discussões. Uma pesquisa da Todas Group e da Nexus mostra que 83% das mulheres relatam que enfrentaram barreiras para crescer em suas funções. Outras 71% afirmam que não recebem tanto reconhecimento quanto os homens em seus trabalhos.
Outro estudo que vale ser destacado é o “Check-up de bem-estar”, da Vidalink: o levantamento revela que 25% das colaboradoras entrevistadas afirmam que o seu nível de bem-estar é “baixo” ou “baixíssimo”, percentual que cai para 12% em relação aos homens. Além disso, 44% delas dizem que sentem ansiedade na maior parte dos dias, dado que diminui para 37% no lado masculino.
Os gestores devem olhar com máxima atenção esse esgotamento mental e essas dificuldades intermináveis. E quando digo “olhar” quero dizer enxergar esses problemas e criar uma estratégia real para solucioná-los. Certamente, muitas empresas estão conscientes desses desafios e da importância do tema, mas ainda não buscaram soluções efetivas para eles.
As organizações precisam criar políticas e condições que tornem o seu ambiente corporativo um espaço de equilíbrio, respeito e inclusão. O bem-estar feminino nas empresas não é apenas essencial para garantir a qualidade de vida das colaboradoras. Ademais, ele influencia diretamente aspectos como a produtividade, a retenção de talentos e a construção de uma cultura organizacional mais saudável.
Transformação organizacional
Quando estamos falando de melhorar as condições de trabalho das mulheres e reduzir desigualdades estruturais, a primeira coisa que devemos ter em mente é que a resposta não está só em esforços individuais. Ou seja, a empresa precisa estruturar uma transformação organizacional profunda se realmente quiser contribuir para essa causa.
Isso significa enraizar bandeiras e criar políticas efetivas na sua cultura, que modifiquem o olhar sobre a participação e a evolução das profissionais femininas. São exemplos:
- Flexibilização do horário de trabalho: Oferecer horários de trabalho mais flexíveis é uma ótima solução. Além disso, possibilitar o trabalho remoto (dependendo do cargo) ou adotar o modelo híbrido pode beneficiar especialmente mulheres com filhos pequenos ou outras responsabilidades familiares.
- Promover o autocuidado: benefícios como apoio psicológico, planos de saúde e convênios com academias são diferenciais que impactam no equilíbrio entre pessoal e profissional das mulheres;
- Políticas contra assédios: implementar ações contra o assédio sexual, alertando sobre os sinais e quais medidas devem ser tomadas nesses casos (muito importante oferecer apoio para vítimas!), e moral é imprescindível;
- Participação feminina na tomada de decisões: as colaboradoras devem se posicionar em reuniões e durante a tomada de decisões, assegurando que suas vozes sejam ouvidas e consideradas.
Coletividade e equidade: Caminhos para o bem-estar feminino
Uma única mulher não pode realizar nenhuma dessas políticas sozinha. Essa discussão deve ser coletivizada, como uma unidade, em que todos e todas estendem a mão para que elas encontrem saídas para os entraves do seu bem-estar.
Enquanto nós, mulheres, devemos nos conscientizar e atuar em conjunto para deixar essa redoma de autocobrança e sentimento de insuficiência. É fundamental que as pessoas em posição de poder façam parte do debate e se coloquem à disposição para trabalhar a equidade de forma efetiva e abrangente.
Por Suzie Clavery, CHRO Latam da TotalPass. Pós-graduada em Marketing pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Felicidade Organizacional pela Happiness Business School e ISEC Lisboa. Possui mais de 15 anos de experiência em employer branding, autora do primeiro livro sobre o assunto no país, "Isso é Employer Branding?!", e cofundadora do Employer Branding Brasil.
🎧Ouça o episódio 196 do podcast RH Pra Você Cast:
“Os desafios – e as recompensas – do empreendedorismo feminino”.
Entenda o Que Você Quer
Para Juliana Queissada, CEO da Queissada Comunicação e colunista do RH Pra Você, o sucesso começa com um ponto fundamental: saber o que quer.
Experiências de uma Empreendedora
Neste episódio, Juliana compartilha suas experiências como empreendedora. Nesse sentido, ela explica por que a comunicação é um grande desafio para muitas empresas.
A Importância da Comunicação
Juliana destaca que a comunicação é crucial para o sucesso empresarial. Contudo, muitas empresas enfrentam dificuldades nessa área, tornando-a um desafio significativo.
Não se esqueça de seguir nosso podcast bem como interagir em nossas redes sociais: