O Bem-estar do seu colaborador passa, necessariamente, por dentro dele mesmo
“Não sois máquina! Homens é que sois!”
Charlie Chaplin
Eu já ouvi líderes dizendo que não importa como os funcionários chegam à empresa. Eles precisam produzir o máximo que puderem. Sempre!
Acolhimento é necessário
Isso é mais ou menos como achar que não importa se o seu carro está sem combustível ou sem bateria. Você quer que ele funcione da mesma forma.
Se nem uma máquina funciona sem combustível ou sem energia elétrica, imagine nós, seres humanos.
Como todos sabemos, a química do nosso corpo tem um papel essencial em como nós nos sentimos e, consequentemente, o quanto conseguimos produzir.
Influências químicas e orgânicas
Sem entrar em detalhes aqui, mas:
- os níveis de dopamina (neurotransmissor da recompensa);
- da serotonina (neurotransmissor do bem-estar);
- das endorfinas (analgésicos naturais);
- da oxitocina (hormônio do amor);
- da adrenalina (associada à resposta de luta ou fuga);
- da noradrenalina (ajuda a regular a atenção, a vigília e o humor);
- do GABA (ajuda a manter a calma e o relaxamento);
- do glutamato (essencial para funções cognitivas como aprendizado e memória) e
- do Cortisol (hormônio do estresse)
definem como será o nosso dia, não apenas no trabalho, mas em tudo.
Não estou afirmando que isso diminua o compromisso de alguém com a sua organização. É como eu penso toda vez em que preciso ir treinar: “Não estou com vontade”, ao que eu mesmo respondo: “Vai sem vontade mesmo”.
Mas ignorar esses fatores não é muito eficaz.
Liderança tem responsabilidades
Acredito que a empresa e as lideranças têm a obrigação de conhecer essa realidade e de levá-la em consideração, individualmente, na forma como se relacionam com seus colaboradores.
Afinal, mesmo os líderes mais experientes são susceptíveis a essas variações de humor. Porque elas são reais. Às vezes até demais.
Até por este motivo, é muito estratégico que as empresas criem o melhor ambiente possível, porque os fatores externos podem influenciar os fatores internos de cada pessoa. Para o bem e para o mal.
Em um mês em que falamos mais sobre o bem-estar e sobre a seriedade do desequilíbrio emocional, é fundamental que não falemos apenas das situações que levam ao extremo.
Porque tem gente que morre um pouquinho todo dia, toda vez que vai trabalhar.
Por Marcos Mayer, um profissional com mais de 30 anos de experiência em marketing, comunicação e inovação. Após uma trajetória de sucesso, hoje ele se dedica ao desenvolvimento de soluções criativas e inovadoras, essenciais para o cenário atual, apoiando líderes e equipes a transformarem seus desafios em oportunidades por meio da criatividade e inovação. Com vasta experiência no mercado B2B e B2C, ele combina uma forte visão estratégica com seu compromisso em promover a evolução organizacional.
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