Por que ser autêntico num mundo de copia e cola
Vivemos em uma sociedade que, paradoxalmente, anseia por ser tratada de maneira exclusiva, mas segue um comportamento de massa, onde o “copia e cola” domina.
Enquanto querem ser percebidos como indivíduos únicos, no dia a dia replicam roupas, atitudes e publicações, sempre seguindo as tendências que observam. Então, a busca pela autenticidade parece estar em contradição com a prática constante de copiar modelos que, muitas vezes, não refletem quem se é realmente.
Autenticidade só copiando tendências?
Essa situação gera uma sensação estranha. Indivíduos e empresas adotam comportamentos apenas porque estão em alta, mesmo que não estejam alinhados com sua identidade ou valores. Dessa forma, o que acontece é que, ao seguir essas tendências passageiras, muitos acabam perdendo consistência.
Portanto, a cada semana, algo novo se torna “o certo”, e o que era moda ontem pode ser rejeitado amanhã. Em suma essa volatilidade cria uma falta de coerência e uma desconexão entre a imagem projetada e o que de fato se é.
A mudança é parte natural da vida e dos negócios, mas o problema surge quando essas mudanças são constantes e não fazem sentido para a identidade da pessoa ou da empresa.
Perdendo a conexão
Uma marca ou um executivo que muda constantemente suas diretrizes pode acabar perdendo a conexão com seu público, dificultando a construção de uma relação sólida e de confiança.
No cenário corporativo, isso pode ser particularmente nocivo. Empresas que mudam frequentemente sua abordagem ou sua imagem acabam parecendo incoerentes, o que pode prejudicar a credibilidade construída ao longo do tempo.
Ações com influenciadores digitais, por exemplo, é uma estratégia que funciona bem quando está alinhada aos valores da marca. Inclusive, o Brasil é um dos países em que mais os consumidores são influenciados por figuras famosas na internet, e essa realidade não pode ser ignorada. No entanto, inserir essas figuras apenas para surfar na onda de popularidade momentânea pode ser um tiro no pé, se não houver uma verdadeira sinergia entre a empresa e o influenciador.
Ciclo interminável de copiar e colar
Portanto, é preciso cautela. Esse ciclo interminável de copiar e colar vai na contramão do que desejamos: sermos tratados de forma ímpar. A autenticidade é o que realmente pode nos diferenciar em um mundo saturado de mesmice.
Empresas e indivíduos que se arriscam a fazer suas próprias escolhas, em vez de simplesmente seguir as tendências, têm mais chances de construir algo consistente, valioso e memorável.
Em última análise, ser autêntico é um ato de coragem. Requer enfrentar a pressão das tendências e a tentação de buscar atalhos rápidos para o sucesso. Mas, ao apostar na autenticidade, estamos construindo uma marca, uma identidade e uma reputação que ressoam profundamente com aqueles que realmente importam.
Por Roberto Vilela, mentor e estrategista de negócios, com atuação nas áreas comercial e de gestão. Atua com clientes de médio e grande porte realizando palestras, treinamentos e apoiando na elaboração de táticas empresariais. É autor dos livros Em Busca do Ritmo Perfeito, em que traça um paralelo entre as lições do universo das corridas para a rotina de trabalho, e Caçador de Negócios, com dicas para performances de excelência profissional.
🎧 Ouça o episódio 155 do RH Pra Você Cast: “O impacto da Geração Z nas relações de trabalho” e esteja pronto para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que essa nova realidade nos apresenta. Afinal, a colaboração entre gerações é o caminho para um ambiente de trabalho mais rico e produtivo.
A dinâmica do ambiente de trabalho está em constante evolução, e hoje, mais do que nunca, essa transformação é evidente com a coexistência de quatro gerações distintas no mundo corporativo. Assim, no episódio 155 do RH Pra Você Cast, exploramos o impacto significativo que a Geração Z tem nas relações de trabalho. Em suma, vamos mergulhar nesse tema e entender como líderes e profissionais de RH podem se adaptar para melhor atender às necessidades dessa nova geração.
A Geração Z: Quem São Eles?
- Introdução à Geração Z: A Geração Z, composta por jovens nascidos entre meados dos anos 1990 e início dos anos 2010, traz consigo uma mentalidade única. Com efeito, são nativos digitais, cresceram em um mundo conectado e têm expectativas diferentes em relação ao trabalho e à vida profissional.
- Desafios e Reflexões: Esses jovens questionam o status quo, valorizam a diversidade e buscam propósito em suas carreiras. Como as empresas podem se adaptar a essas características e criar um ambiente inclusivo e inspirador?
O Papel da Gestão de Pessoas
- Compreendendo as Expectativas: A gestão de pessoas precisa ir além das políticas tradicionais. É fundamental entender o que a Geração Z busca em um emprego: flexibilidade, desenvolvimento contínuo e um propósito alinhado aos seus valores.
- Parceiros Estratégicos: Para ser eficaz, a gestão de pessoas deve se tornar um verdadeiro parceiro estratégico para esses jovens profissionais. Isso envolve oferecer oportunidades de aprendizado, feedback construtivo e um ambiente que promova a colaboração.
Conversa com a Especialista
Neste episódio, tivemos o privilégio de conversar com a doutora Thaís Giuliani, especialista em Geração Z. Ela compartilhou insights valiosos sobre como as empresas podem atrair, reter e desenvolver talentos dessa geração. Além disso, Thaís é consultora, mentora, escritora e criadora da plataforma Geração Zimago.
Portanto, se você quer entender melhor como a Geração Z está moldando o futuro do trabalho e como sua empresa pode se preparar para essa mudança, não deixe de ouvir o episódio completo!
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