Desde que, a felicidade do colaborador foi identificada como um dos principais fatores de crescimento organizacional, investir em ações de motivação, desenvolvimento e retenção de talentos tornou-se um vetor de forte crescimento no departamento de RH de algumas empresas.

Isto porque a estratégia tende a atribuir ganhos para todo o negócio, seja no aumento do capital intelectual ou na redução de custos e tempo com o desenvolvimento de novos processos seletivos.

Mas, mesmo as empresas sabendo disso, por que as promoções, movimentações laterais e transferências aumentaram só 10% nos últimos tempos, segundo o LinkedIn e 90% dos brasileiros, conforme a recente pesquisa da Survey Monkey, ainda estão infelizes no trabalho?

Porque, muitas empresas continuam gastando energia e seguindo na direção errada.

Só aumentar o salário não é a resposta

É verdade que, os funcionários ficam felizes e motivados com as suas conquistas, mas as suas vitórias dependem de um ambiente onde há saúde e bem-estar. Não à toa, funcionários dispostos e contentes têm menos acidentes laborais, segundo a Gallup, são 31% mais produtivos e 300% mais inovadores, de acordo com a Harvard Business Review.


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Logo, não adianta esperar que o colaborador esteja sempre atualizado, estudando, inovando, interagindo e gerando resultados, se a sua empresa não dá espaço para isso ser possível.

É comum encontrarmos profissionais que:

  • trabalham constantemente além da sua carga horária;
  • trabalham aos finais de semana, para conseguir finalizar demandas que não foram possíveis durante o expediente;
  • com acúmulo de cargos;
  • férias vencidas;
  • visualmente cansados;
  • em ambientes com o clima organizacional hostil;
  • poucos benefícios, etc.

E, nessas condições, o que as empresas optam por fazer? Aumentar o salário do colaborador, quando o que ele realmente precisa é de uma reavaliação das suas atividades para poder descansar, um tratamento psicológico, estudar e ter uma qualidade de vida.

Ou ainda, as instituições preferem contratar um novo integrante, tendo que desenvolver do zero um novo processo seletivo, que gera custos, tempo de análise, pesquisas e todo um processo de onboarding e treinamentos, ao invés de um recrutamento interno que, para além do fator econômico, tende a ter uma maior facilidade de análise, adaptação e rapidez na alocação do colaborador.

Logo, a avaliação de competências interpessoais ganha mais espaço de modo que seus benefícios se estendem para todo o negócio.

O tão temido turnover

Empresas que optam por manter o tradicionalismo a todo custo, tendem a ter um alto turnover, porque colocam como prioridade seguir a regra e não o funcionário em primeiro lugar.

É imprescindível entender que as necessidades dos funcionários mudam com frequência, porque diariamente eles são impactados por mudanças no transporte público, situações econômicas do país, na saúde, condições diretamente ligadas ao seu desempenho no trabalho.

Um bom exemplo é a situação “pós-pandemia” que estamos vivendo, onde nos deparamos com funcionários jovens, super capacitados e preferências singulares, como pelo trabalho home office ao presencial, optando por escolher vagas com melhores benefícios corporativos do que salários altos, analisando os feedbacks dos (ex)funcionários nos sites de avaliações e, até mesmo, o plano de carreira e desenvolvimento que a instituição oferece.

Muito por conta desse cenário, algumas companhias brasileiras começaram a observar atentamente modelos capazes de desconstruir a estrutura hierárquica e propor benefícios inovadores para conseguirem reter seus talentos e atenderem a realidade e necessidade desses.

Os elementos dessa estratégia podem envolver também:

  • um ambiente de trabalho positivo;
  • suporte profissional e pessoal ao funcionário;
  • avaliações de desempenho;
  • reavaliação do onboarding e offboarding;
  • gerenciamento de treinamentos;
  • definição de objetivos e monitoramento de OKRs, por exemplo.

O objetivo é tornar a empresa um local atraente para se trabalhar, diminuindo a probabilidade de futuro desligamento e retenção de colaboradores talentosos que já estão in loco.

Apenas aumentar o salário do funcionário resolvePor Renan Conde, diretor de vendas da Factorial, solução all-in-one de gestão de Recursos Humanos e Departamento Pessoal. Atua no desenvolvimento de novos mercados como o Reino Unido, Holanda, Alemanha, Itália, Portugal e Brasil. Especialista no desenvolvimento de negócios internacionais há mais de 10 anos. É formado em administração de empresas, já participou de conferências da Insurope em Leipzig onde foi premiado por Business Achievement Goal.

 

 

Ouça o PodCast RHPraVocê, episódio 75, “Vida Pessoal e Profissional: há limites?” com Tiago Petreca, diretor fundador e curador chefe da Kuratore – consultoria de educação corporativa, Country Manager da getAbstract Brasil e autor do Livro “Do Mindset ao Mindflow”, sobre as principais descobertas da pesquisa. Clique no app abaixo:

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