Após a pandemia, a demanda por corporações com sistemas e práticas mais equitativas e justas cresceu ao redor do mundo.

No entanto, apesar do desejo dos países da América Latina de avançar nessa agenda, há muitos desafios a serem superados, de acordo com informações de uma pesquisa recente da empresa global de consultoria organizacional americana Korn & Ferry.

A consultoria entrevistou 823 pessoas na América Latina sobre um conjunto de impasses relacionados a DE&I: os desafios de suas organizações, suas práticas de DE&I, seus processos de talentos, entre outros.

O que se constatou é que existe a necessidade de mudanças mais profundas na cultura das organizações, tanto nas estruturas sociais e culturais, quanto nos comportamentos individuais. Há, no entanto, uma boa notícia: as organizações estão realizando mais ações de DE&I.


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De acordo com a pesquisa, 79% das corporações afirmaram que intensificaram seus esforços em DE&I nos últimos 12 meses, 41% delas significativamente.

Por outro lado, somente 36% das organizações têm um orçamento destinado a DE&I. Esse número aumenta para 53% quando se analisa corporações com mais de 10.000 funcionários.

Das organizações que separam esse orçamento, 47% o aumentaram nos últimos 12 meses, 17% significativamente.

Embora esses aumentos nos orçamentos sejam encorajadores, eles envolvem certo ceticismo já que a maioria das porcentagens indicadas crescem sobre um baixo referencial de orçamento. E, ainda, 35% citaram o orçamento como um dos maiores desafios de implementação.

O investimento em DE&I, além de trazer impacto social, também traz vantagens para os negócios. Precisamos sair da esfera social assistencialista e visualizar o impacto financeiro. As empresas percebem a diferença, mas ainda não conseguem visualizar o resultado da transformação. O investimento é necessário para avançar na pauta.

Ainda, segundo o estudo da Korn Ferry, a intensificação de esforços em DE&I têm sido impulsionados pelo(a) CEO, time executivo, trabalhadores, e pela influência da sociedade em geral. A reputação da marca também é um fator relevante a ser considerado. Já a pressão para atingir metas em ESG é um importante catalisador para a promoção desses esforços.

A pesquisa também aponta que as organizações do Brasil, Chile e outros países da região têm trabalhado no setor de recrutamento durante um longo tempo, orientadas principalmente pela necessidade de cumprir regulações externas e cotas de governos.

Entretanto, muitas corporações ainda não têm um entendimento completo do que a diversidade significa – elas enxergam a diversidade através de uma lente borrada.

O recrutamento em grande parte das organizações é o primeiro local que as empresas escolhem para trazer a transformação em DE&I. O que é um bom caminho, porém, para conseguir a mudança real e significativa é necessário trabalhar a inclusão.

Para entender os grupos sub representados, é importante ter a convivência com eles, só assim teremos a perspectiva de mudar as realidades e buscar a Diversidade, Inclusão, Equidade e Pertencimento, não só no RH, mas em toda a organização.

América Latina Diversidade Equidade Inclusão

Por Daniele Avelino, eleita LinkedIn Top Voice na área de Carreiras, em janeiro de 2021, é especialista em RH, Diversidade e Inclusão.

 

 

Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 44, “Os desafios da diversidade nas empresas” com Mara Turolla, Gerente de Desenvolvimento de Talentos e Diversidade da LHH. Clique diretamente no app abaixo:

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