Maior evento de inovação da Europa, o Web Summit reforça o papel das pessoas e da cultura para o desenvolvimento dos negócios, da sociedade e da tecnologia.

Um verdadeiro tour de force rumo ao futuro da sociedade e dos negócios. O Web Summit Lisboa é uma maratona, física e intelectual. Além de andar mais de 10km por dia entre os pavilhões e entrar em contato com pessoas de todo o mundo, o evento nos faz retornar para o Brasil com excesso de bagagem intelectual.

Tecnologia = gente competente

Mesmo diante de um tema tão dominante quanto a Inteligência Artificial e seus desdobramentos, o evento foi tão rico que ofereceu ideias, insights e pensamentos sobre temas que têm muito mais a ver com pessoas do que com tecnologia. Se bem que não se faz tecnologia sem gente muito competente, motivada e cheia de propósito.

Pois bem: o Web Summit mostrou que, muito antes da Inteligência Artificial, vem a Inteligência Ativa das pessoas que provocam a verdadeira transformação no mundo. Por mais incrível que sejam as possibilidades abertas pela tecnologia (e olha que o evento foi da IA aos robôs, às usinas de fusão nuclear e à colonização de Marte), elas só se concretizam a partir do ser humano.

Por isso, tudo começa em uma expressão já batida de tão utilizada: customer centricity. Ter um real foco no cliente significa pensar o negócio a partir da ótica do consumidor ou usuário do serviço – e não do fabricante / prestador. É uma lógica que 11 em cada 10 pessoas diz ter, mas que na prática, vemos em poucos lugares.

Customer Centric

Ser customer centric é colocar as necessidades do cliente em primeiro lugar – e desenvolver o negócio a partir daí. Quando o foco está fora da empresa, as prioridades mudam e todo business passa a estar no setor de hospitalidade. Não basta entregar um bom produto: é preciso servir o cliente da melhor forma.

Isso não se faz sem um bom time, preparado, motivado e que entende para que a empresa existe. E esse time só se consolida quando a cultura molda as pessoas e faz com que cada um saiba claramente o que precisa fazer e para onde o negócio vai.

Uma equipe superpoderosa como essa não é ameaçada pelos avanços tecnológicos, muito pelo contrário: ela se torna ainda mais empoderada a partir do uso intensivo de tecnologia. Se, como tem parecido ser cada vez mais, a Inteligência Artificial se tornar uma ferramenta onipresente, o verdadeiro diferencial não estará em saber apertar botões ou ter uma capacidade técnica inigualável. A diferença estará na criatividade e no sentido de atender bem o consumidor.

Inteligência Artificial tem aplicações específicas

A Inteligência Artificial tem uma aplicação excelente: ela é muito mais eficiente que o ser humano para realizar atividades repetitivas ou extremamente complexas. Qualquer processo que possa ser descrito em etapas claras e repetidas se torna um algoritmo que pode ser aprendido por uma máquina. Mas isso não é nem o suficiente, nem o diferencial.

O que realmente faz a diferença é a Inteligência Ativa do ser humano. É a criatividade de encontrar uma solução diferente, de imaginar uma possibilidade nova, de aliar a inovação à invenção de algo até então impensado. A IA computadorizada organiza o mundo que temos, enquanto a IA humana cria mundos diferentes para explorarmos.

Soft Skills fazendo a diferença

Saltar da realização de tarefas com eficiência para ser excelente em fazer novas perguntas é, porém, um desafio. Há 200 anos, somos criados para nos especializarmos em uma tarefa e realizá-la muito bem. Cada vez mais, porém, as soft skills é que farão a diferença: a capacidade de conversar, ter empatia, transmitir ideias e sonhos, envolver pessoas, transformar vontades em movimentos.

Por isso, cada empresa, seja ela uma grande corporação ou uma startup nascente, precisa assumir um papel de desenvolvedora de criatividade. Fomentar a curiosidade das pessoas será cada vez mais importante para gerar times de alta performance, engajamento e resultados.

Somente com essa curiosidade latente nas empresas criando um motor de inovação é que os negócios conseguirão navegar neste mar de inovações que estamos vendo surgir cada vez mais rapidamente. Estimule a Inteligência Ativa em sua empresa – ela é que fará a real diferença para o seu futuro.

Inteligência Ativa_foto da autora

Por Fabiana Ramos, CEO da PinePR, agência de PR especializada no atendimento a scale-ups, empresas de tecnologia e grandes players inovadores, com atuação dentro e fora do Brasil, e possui 20 anos de experiência em empresas multinacionais. É responsável pela expansão comercial da agência e por posicionar a PinePR como referência no mercado, garantindo a melhor experiência para os clientes. 

 


🎧 Inteligência Artificial (IA): Deve Mesmo Preocupar-nos?

No episódio 158 do RH Pra Você Cast, intitulado “IA: a preocupação deve mesmo existir?”, discutimos um tema que tem gerado debates acalorados: o desenvolvimento das inteligências artificiais. Em março de 2023, veio a público a informação de que cerca de 2.600 líderes e pesquisadores do setor de tecnologia assinaram uma carta aberta solicitando uma pausa temporária nesse desenvolvimento. O argumento central é que as IAs podem representar um “risco para a sociedade e a humanidade”. Surpreendentemente, até Elon Musk, um dos maiores entusiastas da tecnologia, também assinou o documento.

Visões Contrastantes: Otimismo vs. Preocupação

Jhonata Emerick, CEO da Datarisk, diverge desse movimento de cautela em relação às IAs. Para o doutor em Inteligência Artificial, a evolução dessas tecnologias é tão natural quanto o crescimento que elas podem impulsionar. Ele argumenta que, ao longo da história, a humanidade sempre enfrentou mudanças disruptivas, e a IA não é exceção. A questão, portanto, é como nos adaptamos e aproveitamos essas transformações.

Legitimidade das Preocupações

Mas será que as preocupações em torno das IAs são legítimas? A perda de empregos é frequentemente apontada como um risco iminente. No entanto, também devemos considerar os benefícios potenciais: automação de tarefas repetitivas, diagnósticos médicos mais precisos, otimização de processos industriais e muito mais. Ainda há muito a aprender sobre o impacto real das IAs em nossas vidas.

O Desconhecido e o Potencial Inexplorado

Por fim, o que as IAs podem fazer por nós que ainda não compreendemos totalmente? Talvez estejamos apenas arranhando a superfície de suas capacidades. À medida que avançamos, é crucial manter um olhar crítico e otimista, buscando equilibrar os riscos com as oportunidades.

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