A importância do longlife learning e do equilíbrio emocional para a gestão de recursos humanos

Foi-se o tempo em que sinônimo de felicidade no trabalho e de retenção de talentos, eram exclusivamente os benefícios financeiros e o day off no aniversário. Os tempos mudaram e as preocupações, bem como as necessidades para garantir uma boa experiência do colaborador (employee experience) também. Nesses dois últimos anos isso ficou ainda mais sensível.

As empresas estão tendo que olhar para outros aspectos. Saúde Mental está entre eles e seguirá sendo uma das prioridades das áreas de recursos humanos, até mesmo por aderência às agendas de ESG (Environmental, social and corporate governance).

A Síndrome do Burnout, por exemplo, desde 1 de janeiro de 2022 está oficialmente classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um distúrbio psíquico e definida como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”.

Isso aumenta, inclusive, a responsabilidade legal das empresas pelos eventuais danos físicos, morais e patrimoniais causados pela doença.

Lidar com tudo isso certamente não é um desafio simples e requer muito aprendizado. Aliás, requer aprendizado contínuo e que deve ser aplicado na prática. E, é bem isso que prega o conceito de longlife learning, que tem ganhado cada vez mais força e representatividade.

São crescentes o número de pessoas e também de técnicas que têm atuado no sentido de colaborar para a transformação e para a construção de um novo paradigma, cruciais no atual momento em que vivemos, marcado não só pela pandemia, mas pelo stress, competitividade, insegurança e medo.

É sabido que tudo o que repetimos se fortalece, por isso a necessidade de ter uma nova rotina. O aprendizado no conceito do longlife learning prega exatamente essa continuidade e tem grande importância para a saúde do cérebro e dos neurônios.

Partindo do pressuposto de que toda teoria ou prática, quando não vivenciada e experienciada, vira arquivo morto, é preciso que as empresas ajudem os seus colaboradores a encontrarem as melhores ferramentas para que cada um alcance o equilíbrio perfeito no caos. O que é um grande desafio.

Ou seja, as empresas precisam olhar para o ser humano, e entenderem que elas são feitas por pessoas. Tradicionalmente no mundo capitalista, as organizações e até nós mesmos estamos mais voltados para números e acabamos esquecendo de pessoas.

Estamos em uma nova era e precisamos nos esforçar para focar sempre no SER mais e TER menos e também em conseguirmos alcançar o equilíbrio que precisamos para sermos felizes.

Mas, como fazer isso?

Um ponto importante é que esta é uma mudança de dentro para fora, de pessoas para pessoas e que não pode ficar apenas na teoria. Precisamos estimular nossos colaboradores e também nós mesmos nos esforçarmos para desenvolvermos esse potencial interior como líderes e, mais do que isso, enxergarem suas reais potencialidades, mas sempre mostrando o quanto o mundo lá fora depende da nossa transformação individual.

Apenas 10% do nosso potencial é utilizado e para atingirmos esse campo de pura potencialidade precisamos desenvolver a consciência. E existem pessoas com alto poder espiritual que podem nos ensinar a isso.

Além disso, é imprescindível no cenário atual que gestores e líderes que queiram ser bem sucedidos busquem formas mais equilibradas de liderarem seus times e negócios e também de melhorarem sua performance, sempre a serviço de um mundo mais humano.

E não é da noite para o dia, é sempre pensando na continuidade e no aprimoramento e no desenvolvimento.

A importância do longlife learning e o equilíbrio emocional

Por Márcia De Luca, estudiosa de Yoga, Meditação e Ayurveda e curadora do evento SER Longlife Learning, que acontecerá nos dias 7 e 8 de junho de 2022, com o tema “Consciência – Um novo paradigma”.

 

 

Para ampliar sua informação sobre a Síndrome de Burnout, ouça o Podcast do RHPraVocê, episódio 66: “Como se prevenir do burnout?“.

Um estudo lançado pela Microsoft revelou que os brasileiros são os que mais relataram a sensação de burnout durante a pandemia: 44% dos profissionais se sentem assim. Em segundo lugar vem Singapura (37%), seguida de Estados Unidos (31%), Índia (29%) e Austrália (28%). Mais de 6 mil pessoas em 8 países foram ouvidas.

O fator mais estressante para os brasileiros foi a impossibilidade de se distanciar do trabalho. Quais são os sinais de um possível burnout, quais atitudes podem ajudar a estabelecer limites no trabalho e qual o papel do RH nisso tudo?

Desde abril2021, os funcionário do LinkedIn, em todo o mundo, podem receber uma semana de folga remunerada. Toda a empresa vai aproveitar as folgas como uma oportunidade para desconectar, recarregar e evitar o burnout. Na GSK, algumas metas foram criadas visando a promoção do bem-estar emocional e saúde mental dos funcionários.

O impacto dessas ações foi mensurado por uma pesquisa realizada pela área de Saúde e Bem-estar da companhia, que comparou os resultados da avaliação de estresse ocupacional entre 2019 e 2020: houve a redução de 50% do risco de burnout. No episódio de hoje, Daniel Consani, CEO do Grupo TopRH, conversa com Renata Tavolaro, Head de Psicologia da OrienteMe, plataforma de terapia online voltada para o mercado corporativo, Alexandre Ullmann, diretor de RH no LinkedIn e Marina Tavares, gerente de Saúde & Bem-Estar da GSK. Acompanhe o bate-papo clicando AQUI ou diretamente pelo app abaixo:

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