Recentemente, expressei uma opinião provocativa: “Eu odeio reunião de one-on-one”. Quero deixar explícito aqui que essa não é uma declaração para atrair olhares curiosos, mas uma reflexão profunda sobre a verdadeira essência da liderança.

A realidade é que a liderança autêntica vai além de encontros fixos e formais. Isso porque a conexão genuína com a equipe não pode ser resumida a uma reunião agendada no calendário.

Conexão com a equipe

Conectar-se de verdade é compreender e valorizar as nuances do cotidiano. Dessa forma é estar presente nas pequenas vitórias e nos desafios dos membros da equipe – como reconhecer a importância de momentos pessoais e oferecer flexibilidade quando necessário.

É demonstrar empatia em situações imprevistas, encorajar a troca de ideias, as iniciativas de cada membro do time e apoiar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Mais importante ainda, é entender e respeitar o compromisso e a dedicação que cada pessoa traz para o trabalho, valorizando tanto os momentos de lazer quanto os desafios enfrentados.

A verdadeira conexão se constrói a partir do respeito e da compreensão. A atuação da liderança, não se trata de criar regras rígidas ou pedir permissão para ser quem você é; diz respeito a encontrar um equilíbrio saudável entre profissionalismo e humanidade.

Nesse sentido, o relacionamento com a equipe deve ser uma fusão de valorização, desafios e resultados, que não pode ser encapsulada em reuniões estruturadas e impessoais.

Liderança no anywhere office

Minha experiência ao liderar duas áreas distintas em uma empresa com quase três décadas de história reforça essa visão. Faço questão de orientar e corrigir rotas quando é necessário, mas de reconhecer sempre. E, claro, trazer uma leveza ao dia a dia de trabalho que garanta o melhor clima organizacional.

Nunca reuni minha equipe toda fisicamente – na mesma sala, cara a cara, para uma longa reunião. Contudo, o vínculo, a confiança e o apoio mútuo permanecem sólidos e verdadeiros, independentemente da distância.

Tenho pessoas da minha equipe espalhadas por diversos estados e até fora do país. Juntos desenvolvemos algo maior do que a presença física.

Uma liderança conectada e que se importa

Eu, como líder, também aprendo muito. Talvez, um dos maiores ensinamentos dessa experiência seja o de que a verdadeira liderança se constrói com acompanhamento, com respeito mútuo, com clareza nas orientações, com diversão, leveza e com interações diárias, bem longe de um contexto de microgerenciamento.

E isso independe do local geográfico em que se está. O que importa realmente são: objetivos claros, a entrega alinhada às expectativas e acordos com o time e, especialmente, a conexão entre time e liderança para uma construção constante de bons resultados, para a empresa e para cada colaborador.

Por isso, reconhecer que a liderança eficaz requer estudo, análise de comportamento, delegar funções, apoiar, ouvir, motivar e fortalecer conexões reais, transcendendo assim os formatos tradicionais é essencial.

Como destaca a citação atribuída a Hemingway: “Quem estará nas trincheiras ao teu lado? – E isso importa? – Mais do que a própria guerra”. Esta é a perspectiva que me inspira e orienta a minha jornada como líder.

Por Bruna Peixoto, Strategy and Marketing Team Leader da eSales.

Ouça o episódio 190 do Podcast RH Pra Você Cast, “Como eu venci a Síndrome do Impostor”:

A Realidade das Executivas Brasileiras

De acordo com um estudo da KPMG, divulgado em 2023, 75% das executivas brasileiras já enfrentaram a Síndrome do Impostor. Dessa forma essa condição, marcada por sentimentos que variam da baixa autoestima ao perfeccionismo excessivo, não apenas afeta a vida profissional, mas também pode deixar sequelas na rotina pessoal.

Entendendo a Síndrome e Suas Implicações

Convidamos a mentora e palestrante Thereza Cristina Moraes, que já vivenciou os desafios da Síndrome do Impostor, para discutir como prevenir e combater essa condição. Afinal, compreender suas causas e estratégias é essencial para o crescimento profissional e pessoal. Confira:

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