Li recentemente uma pesquisa da Deloitte, que classificou que 56% das empresas têm remodelado seus processos de RH para aproveitar ferramentas digitais móveis, e, na América Latina, 81% das companhias classificam o RH digital como importante e disruptivo.
Contextualizando, o RH disruptivo é um novo modelo de atuação dentro de uma organização, que tem a finalidade de criar processos e estratégias que fogem do padrão comum.
Dentre os seus benefícios vejo o aumento da produtividade interna, redução da taxa de turnover, uma melhora considerável de employer branding, otimização de processos da área e ganho de competitividade para a empresa.
Com esse modelo, a empresa passa a ter um RH mais estratégico e que contribui para o alcance das metas e objetivos do negócio. Nesse sentido, os ganhos são gerais e não apenas para um time específico.
Para que este modelo de negócio comece a fazer parte da cultura das empresas, é necessário investir em:
- uma liderança que promova a cultura disruptiva;
- um local de trabalho motivador e inspirador, com a criação de treinamentos eficientes e projetos de educação corporativa;
- aplicação de novas tecnologias e tendências; e
- promoção de um ambiente onde os funcionários produzam sem medo de errar.
As empresas e profissionais de RH precisam acompanhar as mudanças do mercado.
Os processos de gestão de pessoas devem ser bem gerenciados e atualizados para evitar a utilização de práticas ultrapassadas que não desenvolvem as pessoas e nem produzem motivação.
Empresas consideradas disruptivas não são revolucionárias apenas pelo uso da tecnologia. A inovação também se aplica à forma de conduzir os negócios, ou seja, com as pessoas e sobre como elas se planejam. Ser disruptivo impacta a organização por completo.
Diante deste cenário, entendo que existem alguns desafios estratégicos do RH como principal responsável por gerenciar as pessoas, são eles:
1. Ser coautor da estratégia
O gestor deve ser capaz de auxiliar na criação de um plano de ações para melhorar a satisfação e produtividade da equipe de modo que possa discuti-lo tanto com os demais gestores da empresa como para se posicionar perante os acionistas ou investidores, quando for o caso.
2. Conduzir o processo de aceleração da formação de líderes
O RH tem o papel de criar propósito, formar líderes que inspiram pelos valores e superam as diversidades. Isso abrange todas as áreas da empresa, e não apenas as áreas-chave.
3. Criar uma cultura de inovação dirigida à mudança
Esse aspecto representa, inclusive, uma modificação no mindset dos profissionais da área. Assim, ser inovador no RH é estabelecer, dentre suas metas, indicadores como aumento da receita, redução dos custos, mitigação de riscos e aceleração de retorno.
4. Preparar a força de trabalho para o mundo 4.0
Este desafio engloba os sistemas de tecnologias avançadas como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem. Quando se fala em inovação, automaticamente associamos à soluções tecnológicas e ao ambiente digital.
O papel do RH também inclui preparar a força de trabalho para o mundo 4.0, humanizando a transformação digital na empresa.
5. Se certificar que as revendas tenham uma uma cultura organizacional compatível com a empresa
Por fim, o quinto desafio estratégico do RH inclui um alinhamento sobre os valores e costumes, afinal, a cultura organizacional é o espelho de uma companhia.
Por meio desse procedimento, é possível obter um ambiente de trabalho saudável, processos mais ágeis e a satisfação do cliente, como aponta o estudo da Texas Christian University, que constatou a importância de alocar investimentos na construção e manutenção de uma cultura organizacional positiva.
Em vista dos cenários cada vez mais disruptivos, o papel do RH é ser o curador e criador de significado para as tecnologias, usando-as para aperfeiçoar a experiência do funcionário no trabalho, o que é, primordialmente, a maior responsabilidade dos líderes.
Por Thiago Gomes, CEO da Smartleader, plataforma que ajuda o RH e líderes na gestão de desempenho de suas equipes para serem mais estratégicos.
Ouça também o PodCast RHPraVocê, episódio 58, “Como criar uma cultura de inovação?” com Mary Ballesta, Diretora global de Inovação do Grupo Stefanini. Clique no app abaixo:
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