Mais um ano chegando ao fim. Posso dizer que 2021 foi o ano do alívio para todos nós. Ao que parece, vencemos a pandemia! A maioria da população brasileira está vacinada, empresas retomando seus negócios, colaboradores voltando ao trabalho presencial e muitas novidades surgindo no mercado corporativo.

O setor de recursos humanos foi o que mais enfrentou desafios na pandemia, desde adequação de processos até a implantação da Lei Geral de Proteção de Dados, que assegura os dados e informações de colaboradores nas organizações.

Para 2022 muitas mudanças deverão ocorrer nas empresas, e o RH, principalmente, deve estar preparado. Apesar do modelo híbrido de trabalho, que mescla presencial e remoto, ainda ser evidência para 2022, creio que haverá uma parcela maior de empresas aderindo à ida ao escritório, isso porque as pessoas ficaram muito tempo longe umas das outras e agora querem compensar o tempo e aproveitar a oportunidade. Por outro lado, o trabalho remoto exigirá mais concentração e foco.

Preciso falar também sobre benefícios trabalhistas. Recentemente fizemos uma pesquisa com 7800 colaboradores de 6 empresas que oferecem benefícios flexíveis, o resultado foi surpreendente. Produtos que antes eram considerados commodities se tornaram específicos e vice-versa. Como exemplo, o auxílio-educação, este que antes era um diferencial na gestão de benefícios, agora só é aderido por 0,25% dos colaboradores.

O Seguro de vida é o mais modificado pelos colaboradores entrevistados, 88,05% elevaram seus capitais segurados em 2020 se comparado a 2019. A assistência médica, outro benefício muito valorizado pelos colaboradores das empresas, apresentou opções de redução do nível do plano por 16,64% dos colaboradores do grupo.

Creio que 2022 será um ano de novas oportunidades. Um dos impactos da pandemia, a aceleração da transformação digital e autosserviço, desencadeou uma necessidade de mais profissionais engajados e antenados com a tecnologia. Essa será uma das competências exigidas no momento de contratar novos colaboradores.

As empresas não querem colaboradores totalmente dependentes de seus líderes, mas sim profissionais que tenham o controle de sua própria rotina. Além disso, pessoas que se dão bem com a tecnologia e que sejam adeptas à digitalização das coisas, sem apego a operacionalização.

Outro ponto importante a destacar como uma tendência para 2022, é a motivação e retenção de talentos nas organizações. No próximo ano os empregadores vão precisar ir além dos benefícios trabalhistas para reter talentos. Acredito que a necessidade de se sentir um colaborador valorizado aumentará.

A pandemia trouxe esse senso de pertencimento, de cuidado, e no próximo ano isso deve se perpetuar. Caso o colaborador perceba a falta de valorização por parte do empregador, ele pode buscar outras oportunidades no mercado que o faça. Benefícios flexíveis, que é deixar que o colaborador escolha o seu próprio benefício, treinamentos, recompensas e incentivos ainda são métodos tradicionais de retenção de talentos nas empresas.

Deixar que o colaborador encabece projetos sociais dentro das organizações também deve ser uma tendência para 2022. Equipes de RH de diversas empresas estão aplicando isso e vem dando certo. 2021 completou a missão de ser uma dose de esperança para todos.

Já 2022 possui uma maior, a de reconectar colaboradores e empresas a conviverem unidos em uma nova realidade, que na minha opinião, vai beneficiar muita gente. Desejo um 2022 de muito sucesso, saúde e prosperidade a todos!

2022 e as tendências em RH

Por Ronn Gabay, sócio-diretor da Bematize e lidera os times de consultoria e negócios da empresa, onde atua na estratégia, definição e implementação de programas de benefícios tradicionais e flexíveis, para ativos e aposentados. Com mais de 25 anos de experiência no segmento de benefícios, atuou em consultorias internacionais como líder das áreas de negócios. Formado em Engenharia Eletrônica pela Universidade Mackenzie de São Paulo, liderou os projetos de desenvolvimento de sistemas de administração de benefícios em empresas como iFood, Vivo e Deloitte.

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

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