A pandemia transformou o universo corporativo e, entre as mudanças, podemos destacar a procura por profissionais com habilidades comportamentais, a implementação do modelo híbrido de trabalho e ajustes nos benefícios que as empresas oferecem aos colaboradores.
Com a redução do faturamento das empresas e, consequentemente, do quadro de funcionários, há uma demanda maior de candidatos disponíveis para as futuras vagas. “As habilidades comportamentais passam a ganhar maior peso nas contratações e avaliações dos profissionais. Além dos comportamentos que já eram valorizados, outros são particulares para determinadas atuações”, explica Felipe Iotti, head de recursos humanos da Gi Group Brasil, filial da multinacional italiana de RH.
Habilidades comportamentais
Iotti destaca as habilidades que passam a ganhar mais importância no mercado de trabalho transformado pela pandemia:
- Inteligência emocional: ao trabalhar em casa, é cada vez mais importante balancear as questões pessoais e profissionais de forma a que não afetem um ao outro. Os espaços de trabalho e de descanso se misturam, criando armadilhas para o funcionário.
- Autonomia e autogestão: o modelo home office interfere na proximidade física com a gestão e, consequentemente, no acompanhamento das atividades diárias. Muitos gestores já se adaptaram e criaram rotinas com seus times para fazer o melhor acompanhamento do trabalho, porém, profissionais que conseguem se auto gerenciar e conhecem suas responsabilidades diárias, demandando menor investimento de tempo do gestor, ganham vantagem competitiva.
- Gestão do tempo: se por um lado o modelo home office oferece vantagens, por outro apresenta suas armadilhas. Dessa forma, um colaborador que consegue fazer uma boa gestão do tempo, organizando sua agenda para fazer as entregas nos prazos acordados, consegue aumentar sua produtividade e a qualidade do seu trabalho.
- Empatia: todos nós estamos passando por muitas dificuldades nesse momento. Saber se colocar no lugar do outro, seja de um par ou de um cliente, é primordial para melhorar as relações no trabalho.
- Flexibilidade e pensar fora da caixa: vivemos um momento único e inesperado. As situações mudam do dia para a noite, baseado no avanço da pandemia e determinações do governo. O profissional que rapidamente se adapta às mudanças, conseguindo flexibilizar prazos, alterar demandas, mudar os entregáveis e ser criativo consegue atender as necessidades do mercado de forma satisfatória.
Trabalho híbrido
De acordo com Felipe Iotti, o modelo híbrido de trabalho, desenvolvido parte do tempo em escritório e outra em casa, veio para ficar. “Quando houver a liberação do trabalho presencial muitos colaboradores podem preferir retomar a rotina administrativa porque sentem falta disso. Porém, em pouco tempo, as pessoas passarão a sentir os reflexos do deslocamento, aumento de gastos ao estarem presencialmente todos os dias e sentirão falta do modelo remoto”, complementa.
As grandes empresas, em sua maioria, também tendem a preferir o modelo híbrido. Ao criarem um modelo de rodízio, não será necessária a mesma quantidade de estações de trabalho, podendo reduzir o tamanho dos escritórios.
Ajuste e revisão de benefícios
Desde o início, a Gi Group forneceu itens de escritório para melhoria da ergonomia, como o empréstimo das cadeiras de trabalho e implementando ações para garantia do bem-estar aos colaboradores. “Nosso time logo se adaptou ao novo modelo e não houve impactos nas entregas e desempenho. Durante todo esse momento difícil, nossos colaboradores mostraram seu empenho e comprometimento, mantendo nossa qualidade de serviços, não apenas internamente, como também no atendimento de nossos clientes”, explica o head de recursos humanos.
A pandemia fez com que as empresas precisassem migrar o modelo de trabalho de forma emergencial, sem espaços para planejamento. Ao perceber que esse cenário se estenderia por um tempo maior, muitas empresas flexibilizaram os benefícios para atender as necessidades dos colaboradores. “Com a definição das equipes 100% home office e modelos híbridos novos desafios surgem e, entre eles, os benefícios necessários. A maioria dos times de RH das organizações já estão considerando maior flexibilização de benefícios e auxílios diferenciados baseado em cada modelo de trabalho”, finaliza Iotti.
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