Felizmente seguimos notando uma quantidade cada vez maior de vozes se levantando não apenas para defender os espaços que tão arduamente conquistamos até aqui, mas também para ampliar os horizontes com mais igualdade, liberdade e autonomia para nós mulheres.
São muitos os contextos nos quais precisamos manter uma luta diária para que nossas possibilidades e nossos direitos sejam os mesmos que os dos homens: seja dentro de casa, ou em todas as demais esferas de convívio social em que estamos inseridas. No mundo corporativo não é diferente – e é preciso que isso mude.
Não são desconhecidos os inúmeros desafios enfrentados por nós, mulheres, em nossos trabalhos. Para citar aqueles mais conhecidos, as oportunidades e vagas não são as mesmas e os salários muitas vezes não são iguais entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções.
Promover igualdade de gênero no mercado de trabalho é fundamental para que avancemos enquanto sociedade. Ao oferecer as mesmas oportunidades profissionais para homens e mulheres, estamos contribuindo na construção de um mundo mais justo e igualitário, em que o gênero não se sobressaia frente às capacidades e conhecimentos de cada um.
Neste sentido, é essencial que as empresas compreendam que a promoção da igualdade de gênero não deve e não pode ficar restrita apenas ao discurso: é preciso colocá-la em prática. Os impactos positivos são muitos e são claros, uma vez que ao perceberem que trabalham em organizações que não toleram nem compactuam com posturas e atitudes machistas, as mulheres se sentem mais confiantes e confortáveis, potencializando suas melhores habilidades.
Um bom caminho para combater a desigualdade entre gêneros no mundo corporativo, por exemplo, é o aumento do número de mulheres em cargos de chefia. De acordo com uma pesquisa recente da Page Executive, uma das maiores empresas mundiais em recrutamento especializado, este caminho já vem sendo percorrido, na medida em que a presença de mulheres em posições de liderança cresceu 7% entre 2019 e 2020, passando de 30% para 37%. É um progresso, sem dúvida, mas estamos longe de atingir um cenário de igualdade, pois ainda há muito a se fazer.
Em suma, as empresas precisam fazer a sua parte nessa luta e repensar sua forma de agir e estar em um mundo que não comporta mais estruturas machistas, em que as mulheres são relegadas a um segundo plano. Vemos nesse movimento de expansão de oportunidade uma chance para as organizações assumirem seus papéis nessa luta e promoverem as mudanças necessárias.
Por Josiane Serrano, Gerente do Atendimento Corporativo do Senac São Paulo