Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência (PCDs), o que representa aproximadamente 25% da população total do país. Esses números destacam a importância de se pensar em políticas públicas e iniciativas privadas que promovam a inclusão e a acessibilidade para essa significativa parcela da sociedade.

Foi com o objetivo de construir uma sociedade mais acessível e inclusiva que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a Norma Brasileira Regulamentadora (NBR9050). Esta norma estabelece diversos dispositivos técnicos e estratégicos destinados a transformar a sociedade em um ambiente mais inclusivo para todos, garantindo que pessoas com deficiência possam participar ativamente de todas as esferas da vida social.

No entanto, mesmo com essa norma em vigor há quase duas décadas, alguns dados preocupantes mostram que mais de 44% dos profissionais com deficiência já deixaram de ir a uma entrevista de emprego devido a algum tipo de dificuldade, seja ela relacionada à acessibilidade ou preconceito. Esses números evidenciam que ainda há muito a ser feito para que a inclusão de pessoas com deficiência seja uma realidade constante e efetiva no mercado de trabalho.

Com base nesses dados alarmantes, apresentaremos neste artigo as principais soluções e estratégias para que a inclusão de pessoas com deficiência esteja cada vez mais em pauta nas discussões sobre o mercado de trabalho. Nosso objetivo é mostrar como a conscientização e a implementação de práticas inclusivas podem transformar não apenas o ambiente corporativo, mas também a sociedade como um todo.

Como funciona a contratação de PCD?

A contratação de profissionais com deficiência é prevista na legislação brasileira através da Lei 8.213/91. Essa lei determina que as empresas devem contratar PCDs para cumprir uma cota específica, que varia conforme o número de funcionários da empresa. Em vigor há quase 30 anos, essa lei ainda é desconhecida por uma parcela significativa de empresários e recrutadores de Recursos Humanos, o que acaba dificultando o processo de entrada de PCDs no mercado de trabalho.

A legislação estipula que a contratação obrigatória de PCDs se aplique a empresas com 100 ou mais colaboradores, com um percentual que varia entre 2% e 5%, conforme a seguinte distribuição:

  • Até 200 funcionários: 2%;
  • Entre 201 e 500 funcionários: 3%;
  • Entre 501 e 1000 funcionários: 4%;
  • A partir de 1001 funcionários: 5%.

Apesar da lei garantir os direitos dos PCDs, a defesa desses direitos deve ser construída, prioritariamente, através da conscientização das empresas. Uma empresa que valoriza a inclusão e a diversidade tende a transformar o mercado de trabalho com atitudes voltadas para a humanidade e a empatia, qualidades essenciais para o século XXI. Quando uma empresa promove esses valores, o preconceito, que é a principal barreira nesse processo, rapidamente é mitigado. Portanto, prezamos pela conscientização, pois acreditamos que é através dela que as principais mudanças ocorrerão.

Carpediem - contratação de pcds

Benefícios de ter pessoas com deficiência no quadro de funcionários

Além de aumentar a responsabilidade social da empresa, a inclusão de pessoas com deficiência no quadro de funcionários traz inúmeros benefícios. Alguns deles são:

  • A eliminação do preconceito: Infelizmente, o preconceito ainda é uma barreira significativa para o avanço da inclusão nas empresas. Muitas vezes, presume-se erroneamente que um PCD trará ineficiência para os processos organizacionais. Desenvolver trabalhos voltados para a sensibilização em toda a empresa é uma das melhores maneiras de receber e integrar PCDs nos processos existentes.
  • Gestão mais humana: A presença de pessoas com deficiência em uma empresa coloca em prática o maior valor de todos: a empatia.
  • Aumento da diversidade no clima organizacional: Proporcionar um ambiente mais inclusivo e diverso traz maior engajamento de todos em prol dessas bandeiras.

Como realizar uma entrevista com PCD?

Algumas dicas fundamentais para um processo inclusivo de entrevista são:

  • As descrições sobre as qualificações exigidas e os requisitos obrigatórios para a vaga precisam ser muito claras, bem como o trajeto e a acessibilidade do local.
  • Um intérprete de linguagem de sinais para a entrevista de deficientes auditivos é essencial. Caso o candidato seja deficiente visual, uma prova em braille é um grande diferencial.
  • Se a entrevista for presencial, estude a acessibilidade do local e informe todos os detalhes ao candidato.
  • Peça sempre a opinião do candidato para saber como o processo pode ser mais acessível para ele.
  • Exerça sempre a empatia.

Como contratar um PCD?

Com a estratégia mais completa do mercado, nós da Carpediem, ao longo dos anos, temos aumentado cada vez mais nossa assertividade nos processos de recrutamento e seleção, proporcionando aos nossos clientes resultados excepcionais. Esse panorama não poderia ser diferente quando o assunto é a contratação de PCDs. Com uma metodologia que visa transformar o mercado de trabalho através da humanidade e da empatia, nossos processos são sempre guiados pelo bem-estar do candidato.

Desenvolvemos internamente uma célula especializada exclusivamente para a contratação de PCDs, dando a esses processos um enfoque pautado nas melhores práticas do mercado de Recursos Humanos. Por isso, não deixe de conhecer este e outros serviços em nosso site: https://www.carpediemconsultoria.com/.