Se você faz parte de um Departamento de RH protagonista, já está familiarizado com o nome DiSC. O que talvez seja novidade para você, é que esta metodologia, do jeito que é comumente apresentada, nada mais é do que um resumo (ou até mesmo um rascunho) da sua ideia original, substituindo o seu potencial de análise profunda pela geração de rótulos pré-estabelecidos. Ao contrário da esmagadora maioria das ferramentas que se propõem a medir perfis comportamentais, softwares como o PDA surgem com a missão de resgatar a metodologia DiSC em sua mais pura essência.

Hoje vamos contar um pouco desta história. Sobre como surgiu a metodologia DiSC, como ela foi “desinventada” para facilitar sua comercialização e as soluções tecnológicas para resgatar e evoluir os valores desta ferramenta tão essencial em um departamento de RH do futuro.

A origem do DiSC

Os conceitos da metodologia DiSC foram criados na década de 1920 por William Moulton Marston, um psicólogo americano, teórico e inventor que, além de ser formado duas vezes em Harvard, tem em seu currículo a invenção do Polígrafo e da Mulher Maravilha.


Mas a mágica desta história não para por aqui. O conceito DiSC foi apresentado em seu livro Emotions of Normal People (As emoções das pessoas normais), que foi baseado nos estudos das reações comportamentais em um triângulo amoroso, vivido abertamente entre ele, sua mulher Elizabeth (uma renomada pesquisadora da época) e uma estudante de Harvard.

Sua teoria era baseada em duas frentes: nosso interno e o externo. O objetivo era mostrar que o comportamento de um indivíduo está ligado às interações que ele tem com o meio, nos apresentando como seres de complexidades particulares que podem ser alteradas de acordo com o ambiente em que estamos inseridos. Foi daí que surgiram os quatro 4 tipos comportamentais básicos apresentados na Metodologia DiSC (Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade).

Como o DiSC perdeu sua essência

Embora não tenha sido fácil defender suas teorias inovadoras no início do século passado, com o passar do tempo a metodologia DiSC teve seu valor reconhecido pelo mercado. Mas foi só em meados da década de 60 que uma grande mudança aconteceu para viabilizar sua popularização.

Imagine você que naquela época os computadores tinham o tamanho de um armário. Como seria possível aplicar um sistema de análise comportamental tão complexo e cheio de possibilidades?

Sem tecnologia para isso, foi necessária uma simplificação da metodologia DiSC e seu processo matemático para se obter agilidade na aplicação e tabulação das informações. O preço para tanto foi uma perda imensa na profundidade da análise, que passou a ser resumida a um resultado com um número X de perfis.

Resgatando a essência DiSC

As ferramentas que hoje conhecemos como DiSC trabalham como uma lista entre 15 e 50 variações comportamentais. Mas em uma era onde o termo People Analytics ganha cada vez mais relevância, resumir nossa compreensão pessoal a um número limitado de opções caminha em direção oposta.

Felizmente, com os avanços da tecnologia, tornou-se possível retomar a profundidade que era proposta por Marston em 1928. E é exatamente isso que softwares como o PDA estão fazendo. Baseiam-se na metodologia DiSC pura, para possibilitar uma análise muito mais completa, com inúmeras combinações gráficas para interpretar uma pessoa de maneira individual e sem rotulações.

 

 

Vantagens do PDA em relação às outras metodologias DiSC

A metodologia DiSC não foi patenteada, ela é patrimônio da humanidade. As ferramentas foram inspiradas na versão de John Geier, responsável por simplificar seus cálculos e consequentemente seus resultados. Como falamos anteriormente, ela se baseia na ideia da existência de quatro perfis principais, através da análise de 4 eixos: risco, extroversão, paciência e normas.

O PDA também trabalha com avaliações dentro destes eixos, porém com inúmeras comparações. Ela adiciona ainda o eixo do autocontrole, que mede a inteligência emocional e funciona como um guarda-chuva para estes outros itens avaliados. Fora isso isso, o PDA apresenta:

  • Indicador de Intensidade do perfil, que ajuda a conhecer o nível de flexibilidade de uma pessoa
  • Indicador de intensidade dos eixos, que mede a intensidade de cada uma das tendências comportamentais
  • Indicador de Equilíbrio de Energia, identificando o nível de motivação e stress
  • Indicador de consistência, que valida a coerência e validade das informações obtidas
  • Geração de 7 tipos de relatórios, como análise completa do perfil comportamental, comparativo entre pessoas e cargo, avaliação entre líder e liderado, entre outros

Talvez neste momento você esteja pensando que a aplicação do PDA seja um quebra cabeça de mil peças. Mas ela é tão simples quanto nos softwares DiSC: leva entre 10 e 20 minutos. A diferença é que o PDA (conheça aqui) oferece uma margem maior para os participantes responderem o questionário, resultando em uma análise realmente profunda, com assertividade de 90%.

Seja pela sua forma pura ou simplificada, o que fica indiscutível é o grande valor da herança deixada por William Moulton Marston para os departamentos de RH, que têm a opção de escolher entre diversas plataformas para evoluir a gestão de suas equipes.