Com direito a recorde de público – mais de 20 mil pessoas nos dois de evento –, o Universo TOTVS foi um grande sucesso. O megaevento, realizado em São Paulo, levou ao público centenas de palestras com os assuntos mais variados, com destaque para uma programação especial montada para o público de Gestão de Pessoas.

Depois de levar até você alguns dos principais destaques do primeiro dia de congresso, é hora de compartilhar o que rolou de melhor no segundo e último dia do evento. Confira:

Felicidade não é o que você sempre pensou

"Felicidade é hype, obrigação legal ou estratégia de negócio? É os três." A provocação é da professora, palestrante e executiva Dani Plesnik (capa), que tem mergulhado cada vez mais fundo na pauta do bem-estar nas empresas. Em sua palestra, ela propôs uma releitura sobre o conceito, tão desgastado quanto mal compreendido no ambiente corporativo.

Segundo Dani, a felicidade virou prioridade em muitas empresas, especialmente após 2020. O tema, que até pouco tempo era visto como supérfluo ou “coisa de RH bonzinho”, passou a ser alvo de investimentos e ações estruturadas. “Com a NR-1, passou a ser obrigação legal, pelo cuidado com os riscos psicossociais. E também é negócio. Empresas que investem em bem-estar têm performance financeira melhor que as que não investem”, afirmou.

A palestrante aponta que estamos vivendo a terceira de uma série de grandes ondas de transformação cultural nas empresas: depois de Diversidade & Inclusão e Sustentabilidade, é a vez da Felicidade e do Bem-Estar. Cada uma dessas ondas, diz ela, deixou um legado importante.

“D&I nos ensinou que somos seres individuais no ambiente de trabalho. A sustentabilidade nos lembra que vivemos em um sistema interdependente. E o bem-estar junta as duas coisas: como ser um indivíduo, parte de um todo, e ainda assim ter saúde mental num mundo que exige tanto?”

Para além do estereótipo da carinha sorridente, Dani ressignificou o conceito de felicidade. “Felicidade não é estar com smiley face o tempo todo. É um sentimento de longo prazo, oposto à depressão. Felicidade e tristeza podem coexistir. Já depressão é outra coisa”.

Ela chamou atenção também para um dilema contemporâneo: "Passamos mais tempo juntando seguidores – e reforço a palavra seguidores – do que cultivando relações. Isso não é relacional." Em contraste, estudos mostram que até conversas triviais com desconhecidos no elevador ou no ônibus aumentam nossos índices de felicidade. “Minha mãe dizia que eu não podia falar com estranhos. Mas temos um sentimento tribal. Ao falar com estranhos na rua, sentimos que pertencemos àquela tribo”.

A espiritualidade também entra, de acordo com a educadora, como fator essencial – e não, não se trata necessariamente de religião. “É acreditar em algo maior que nos rege. Pode ser Deus, pode ser energia. O que importa é o senso de pertencimento ao coletivo”.

Do ponto de vista corporativo, no entanto, ainda há um abismo entre o discurso e a prática. “Muitas empresas estão parando na felicidade como algo individual. Até oferecem benefícios flexíveis, mas não é isso que faz efetiva diferença. O PIB aumentou, mas a felicidade não. PIB não é um índice satisfatório para medir bem-estar, embora insistam em utilizá-lo para isso.”

E os líderes? Para ela, “eles até entendem o conceito, mas não praticam. Sabem da importância para a felicidade do time, mas não se colocam em primeiro lugar. Quando abro mão de mim por má gestão do tempo, tudo fica mais complicado. Se eu não me cuido, como vou cuidar do próximo?”.

A expectativa sobre a priorização do bem-estar nas empresas cresceu nos últimos cinco anos. A pressão das novas gerações tem um papel relevante nesse movimento. Mas, como defende a palestrante, a verdadeira transformação só virá quando a felicidade deixar de ser uma pauta de campanhas pontuais para se tornar um valor compartilhado por toda a organização. Inclusive – e principalmente – pela liderança.

Prêmio TOTVS Brasil que FAZ

O auditório mais nobre do evento, espaço que recebeu as plenárias do Universo TOTVS, não foi palco somente de palestras. O segundo dia também teve como destaque o anúncio dos vencedores do Prêmio TOTVS Brasil que FAZ, honraria que celebra marcas que vêm evoluindo em seus processos com o auxílio das ferramentas tecnológicas da TOTVS.

Grupo Bringel - Brasil que FAZ

Apresentado pela jornalista Millena Machado, o prêmio entregou 15 troféus, concedidos às marcas por um time de jurados especialistas em cada uma das categorias avaliadas. Nos Recursos Humanos, o destaque foi o Grupo Bringel, que saiu vitorioso na categoria Especial RH.

Publicamos um material completo e exclusivo que traz todos os principais pontos da parceria entre a Bringel e a TOTVS, uma jornada de transformação que mudou a cara do RH da empresa.

Retorno do trabalho home office: o papel essencial da liderança

Um dos temas mais “polêmicos” do momento, o retorno ao trabalho presencial, movimento que vem sendo cada vez mais aderido por empresas de todos os portes – com muitas delas, inclusive, fechando as portas até mesmo para um modelo híbrido –, não poderia ficar de fora dos assuntos do Universo TOTVS.

No centro do debate, esteve Daniella Russo, Partner e Chief Client Officer da House Of Brains, que além da palestra, também cedeu uma entrevista ao RH Pra Você, na qual compartilhou ainda mais detalhes sobre sua visão referente ao tema.

Para ela, é necessário, primeiramente, o reconhecimento de que não há “certo ou errado” na escolha do modelo de trabalho escolhido por cada organização. Por mais que o retorno ao presencial aparente ser uma ação “impopular”, é fundamental que haja a compreensão do porquê a empresa está aderindo à volta aos escritórios. Assim, Daniella salienta um fator primordial cuja ausência tende a tornar o retorno nada mais do que um incômodo ou aspecto de desengajamento: a transparência.

“Eu tenho pensado muito nesse tema nos últimos meses, pois o movimento do retorno está cada vez mais acelerado. É importante falar sobre sem juízo de valor. A partir do momento que essa é a realidade, o assunto não pode ser romantizado, até mesmo por uma questão de saúde mental. Cada organização tem a sua ambição e definirá o que é melhor para o negócio. E o colaborador precisa saber o que justifica o movimento.”

Daniella Russo

A executiva salientou que os líderes têm importantes missões dentro desse contexto. Na sua visão, mais desafiador do que trazer o colaborador novamente ao espaço físico de trabalho é fazer com que ele permaneça e goste de estar lá. O líder é decisivo antes e durante o retorno, promovendo um papel acolhedor e que entenda o impacto dessa mudança de rotina na vida de cada um de seus liderados.

Outro ponto desmistificado por Danielle diz respeito ao “líder que precisa ter controle”. Uma vez que muitos canais justificam que o retorno é motivado porque “os líderes não conseguem controlar os funcionários a distância”, a especialista compartilha que, na verdade, por mais que existam lideranças com habilidades a serem desenvolvidas, o ponto-chave não está na capacidade ou incapacidade de gerir a distância, mas sim no viés estratégico das marcas, que não enxergam o home office ou o modelo híbrido como tão favoráveis ao negócio quanto uma cultura 100% presencial.

“Muitas organizações têm como premissa a colaboração, o olho no olho. Ainda mais em um momento de tendências tecnológicas que impactam as relações sociais – muitas vezes distanciando cada vez mais as pessoas, dentro ou fora do ambiente de trabalho. Há pessoas contratadas na pandemia que nunca experimentaram uma conexão profissional presencial. Para a cultura organizacional, o vínculo com a empresa e com as pessoas ao redor é importante. Têm empresas com características presenciais e outras que funcionam com mais facilidade a distância. E reforço: o líder tem o papel nobre de acolher”, elucida.

Uma nova TOTVS

Durante os dois dias de evento, o time da TOTVS se engajou em apresentar todas as diversas soluções tecnológicas da marca – para diferentes áreas – e também a sua nova cara.

O rebranding da companhia, que foi conduzido em parceria com a FutureBrand, traz três unidades de negócios: TOTVS Gestão, RD Station e TOTVS Techfin, todas elas envolvendo a arquitetura de soluções da gigante tecnológica.