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Viagens corporativas: empresas focam na experiência e na redução de custos
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17/10/2023
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A redução de custos e o aprimoramento da experiência do viajante são, atualmente, as duas grandes prioridades das empresas de todo o mundo no que diz respeito à gestão de viagens corporativas.
Pesquisas e especialistas concordam que essa é a grande tendência do mercado para este e os próximos anos: o levantamento anual GBTA Business Travel Index Outlook, divulgado pela Global Business Travel Association no começo de 2023, já indicava que a diminuição de custos seria, ao longo deste ano, prioridade para 65% das empresas entrevistadas. A melhoria da experiência do viajante vinha em segundo lugar, com 42%.
A maior preocupação com o investimento necessário, nas empresas, para a manutenção das viagens corporativas se dá principalmente em função da alta de preços no setor. Ainda segundo a pesquisa da GBTA, tarifas aéreas tiveram uma média de aumento de 52% entre 2021 e 2022; enquanto as tarifas de hotéis subiram cerca de 31%. Os valores mais altos, associados também à inflação, foram eleitos como a principal preocupação para o ano de 2023 por 48% dos gestores de viagens ouvidos para o estudo.
Mesmo com a alta nos preços, o setor de viagens corporativas não apenas já voltou aos patamares pré-pandemia, como até mesmo os superou. Segundo o LVC (Levantamento das Viagens Corporativas), feito pela FecomercioSP em parceria com a Alagev (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas), as empresas brasileiras investiram um total de R$ 52,3 bilhões em serviços de turismo ao longo do primeiro semestre deste ano, o que representa um aumento de 18,1% no contraponto anual. É o melhor resultado para o período desde 2015. No último mês de junho, o faturamento do setor de viagens corporativas foi de R$ 9,4 bilhões; um crescimento de 10% na comparação anual.
"Quando a pandemia começou, eu via diversas companhias dizendo que, no futuro, o volume de viagens seria menor, que os colaboradores não voltariam a viajar como anteriormente, mas com o tempo voltamos a nos ver em um cenário de enorme crescimento", afirma Guilherme Rizzi, diretor TMC (Travel Management Company) da Paytrack, empresa de tecnologia especializada em gestão de despesas e viagens corporativas. "Essa tendência é bem forte no Brasil, que é o 10º maior mercado global de despesas com viagens corporativas, com um crescimento anual de cerca de 20%."