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Muita exposição, pouca transparência: dá para engajar em meio a incertezas?
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09/02/2023
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Troca de comando, recuperação judicial, eventual falência, crise, mudança na estrutura do negócio, recálculo de rota. Qualquer uma dessas circunstâncias citadas tende a, naturalmente, balançar o ambiente de um negócio. E o impacto negativo pode ser potencializado quando, além de todas as incertezas envolvidas, as informações obtidas partem mais de fontes externas do que da própria gestão do negócio.
No dia 19 de janeiro, a Americanas, uma das gigantes do varejo no Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial, estratégia adotada para conseguir manter a operação e proteger o caixa, segundo comunicado da companhia. A medida, adotada após a descoberta de um rombo de R$ 40 bilhões nos balanços financeiros da empresa, levantou preocupação entre os seus funcionários, já impactados por toda a repercussão do caso na mídia e nas redes sociais.
De acordo com uma matéria do Estadão, publicada no final de janeiro, em um primeiro momento, a crise financeira não fez com que a rotina dos trabalhadores mudasse. Do mesmo modo, os salários não sofreram atraso. Todavia, a reportagem relata que o sentimento ficou dividido. Enquanto alguns funcionários seguiam tranquilos, outros trabalhavam com o receio de perder o emprego a qualquer momento.
Na última semana, a varejista efetuou o desligamento de profissionais terceirizados, após terminar contrato com empresas fornecedoras dos serviços. Em nota, a Americanas manifestou que não planeja abrir um processo de demissões em massa, fenômeno que, nos últimos meses, atingiu unicórnios e grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Google e Microsoft.
Outro caso, desta vez fora do Brasil - mas que impactou profissionais locais -, foi a mudança de gestão do Twitter. Ao assumir a plataforma, o empresário Elon Musk ordenou que milhares de colaboradores fossem demitidos. Alguns foram pegos de surpresa e o clima de desconfiança ganhou força entre os que permaneceram na organização, especialmente por conta das inesperadas mudanças promovidas pelo novo CEO, como a desmontagem de alguns setores inteiros.
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