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A saúde mental tem a devida atenção das empresas?
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08/05/2024
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Em março, entrou em vigor a Lei 14.831/2024, que institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental e estabelece os requisitos para a concessão da certificação. Ainda dependente de regulamentação, a proposta determina que uma organização que cumpra as iniciativas apresentadas no texto da legislação seja avaliada por uma comissão certificadora nomeada pelo governo federal, a fim de conceder o certificado.
A legislação reforça a necessidade de práticas de trabalho que não apenas reconheçam, mas também promovam ativamente a saúde mental dos colaboradores. No entanto, mesmo o tema sendo de maior interesse e preocupação por parte das empresas, principalmente depois da pandemia de Covid-19, os números mostram que ainda são poucas as que de fato atuam ativamente pela promoção do cuidado emocional dos seus colaboradores.
De acordo com a “Pesquisa de Benefícios de Saúde e Bem-estar 2024”, feita pela Health Tech Pipo Saúde em parceria com a MIT Sloan Review Brasil, cerca de 4 a cada 10 empresas, somente, oferecem bem-estar mental no pacote de benefícios. A pesquisa foi realizada com 536 organizações de 17 segmentos sobre benefícios corporativos de saúde. No entanto, das que não oferecem (61%), quase 20% teriam interesse em oferecer.
“Já temos casos de empresas fazendo um bom trabalho de conscientização, educação e direcionamento correto para o cuidado em saúde mental. Mas ainda poucas delas olhando para as causas reais, como: sobrecarga das atividades no trabalho; controle de estresse em áreas com interface direta ao cliente; áreas operacionais com alta cobrança, mas sem um direcionamento claro; e metas inatingíveis que geram sobrecarga mental”, comenta Thiago Liguori, Chief Medical Officer da Pipo Saúde.