CANAIS
Saúde e Economia
Ricardo Amorim
07/12/2021
2min leitura
Nos últimos meses, com a maioria dos brasileiros vacinados, reduzimos muito o número de contaminados, hospitalizados e mortes pelo coronavírus. Além disso, as pessoas puderam voltar a circular sem restrições e com confiança para gastar. Empresários aceleraram as contratações.
Enquanto isso, a União Europeia vive sua maior onda de contaminação, mas países com mais de 75% de toda a população completamente vacinada têm tido poucas mortes. Em média, estes 14 países tiveram, nas duas últimas semanas, 10 mortes por coronavírus por milhão de habitantes e, no máximo, na Bélgica, 29 mortes por milhão de habitantes. Já os 13 países que vacinaram completamente menos de 75% da população têm tido muitas mortes, em média 130 por milhão de habitantes, 13 vezes mais do que o primeiro grupo. Na Bulgária, onde a vacinação está mais atrasada, houve 325 mortes por milhão de habitantes. Mesmo antes do surgimento da nova variante ômicron, estes países já tinham adotado e ou consideram adotar medidas duras para controlar a pandemia, incluindo restrições à circulação de não vacinados, lockdowns e obrigatoriedade de vacinação.
As ondas de contaminação pelo mundo pareceram seguir uma certa sazonalidade. Se o padrão se repetir, a contaminação poderia crescer, no Brasil, após as festas de final de ano e o Carnaval. Para evitar isso, deveríamos exigir vacinação e testagem de todos estrangeiros que venham ao país e, eventualmente, até proibir a entrada de turistas estrangeiros, como Japão e Israel já fizeram para evitar a disseminação da ômicron. A qualquer sinal de reaceleração da pandemia, festas com grande aglomeração, como Réveillon e Carnaval, deveriam ser canceladas.