Você acredita que alguém possa nascer com a habilidade da liderança por instinto?

Você já reparou como existem pessoas que já nascem com uma predisposição para inspirar, persuadir e liderar com legitimidade? São pessoas que carregam uma conduta natural de influenciar os outros a tomar decisões, agir e sair da acomodação.

Elas são capazes, como num passe de mágica a organizar locais, direcionar pessoas, resolver problemas e levar profissionais ao engajamento, produtividade e ao atingimento de metas apenas por meio de uma simples conversa. Qual explicação para isso?

Pesquisas recentes mostram que existe um “gene da liderança” o qual nasce em alguns indivíduos e em outros não. E os indivíduos que nascem com esse gene têm uma predisposição ou facilidade para liderar.  São pessoas que têm o dom de influenciar, persuadir, convencer, motivar e especialmente assumir a frente de batalha, quando a situação exige.

São pessoas que costumam pensar fora da caixa, conseguem equilibrar suas emoções diante da pressão e enxergam o mundo de outra forma. Todavia, nascer com o “gene da liderança” não garante que essas pessoas se tornem ótimos líderes, pois até os nascidos com o suposto gene precisam ser moldados.

De acordo com a pesquisa da University College, em Londres, cientistas descobriram um gene relacionado com a capacidade de liderança, que seria o responsável por determinar, parcialmente, se a pessoa seria um bom líder ou não.

Para localizar a sequência genética foram analisados o DNA de 4.000 líderes de destaque para descobrir se havia algo em comum em seus códigos genéticos que pudesse embasar essa tese. A divulgação dos resultados atribuiu que mais da metade deles possuíam a mesma sequência genética que os levavam a ter características comportamentais com traços fortes de liderança.

Importante dizer que ninguém nasce sabendo liderar, porém existe um grupo de pessoas que já nascem com essa pré-disposição. O fato é que uma pessoa se torna um verdadeiro Líder à medida que é colocada em desafios de comando quer seja pelas experiências de vida pessoal ou profissional.

Do outro lado, existem pessoas que não nascem com o gene, não tem a aptidão, a natureza da liderança com legitimidade, porém, ao buscarem conhecimento, formação e se prepararem poderão se tornar grandes líderes. E, para fundamentar essa ideia, Jim Rohn disse: “Podemos compensar a falta de habilidade, dom e talento com muito treinamento e experiência de vida. Práticas repetidas geram o aprendizado”. Quer um exemplo? 

“Havia no Egito, um sujeito que fora deixado ao rio pela própria mãe e irmã a fim de salvá-lo da matança que estava acontecendo naquela ocasião. Dentro de um cesto à deriva sob o rio, o bebê acabou sendo encontrado e adotado pela filha do Faraó que o avistou enquanto se banhava no mesmo rio, mais a frente.  

O bebê, que veio a se chamar Moisés, foi criado no palácio, se aperfeiçoou nas doutrinas egípcias e cresceu rodeado de um dos maiores líderes da época, o impetuoso Faraó. Todavia, ele era um indivíduo comum e não apresentava aptidões, habilidades ou talentos para a liderança. Ele sequer conseguia se comunicar direito, por ser “gago”. 

Mas o tempo passou e, ao crescer, Moisés se tornou um grande líder, enfrentando o próprio Faraó e libertando o povo de Israel da escravidão em que estavam submetidos pelo Egito. Embora Moisés não tivesse nascido com o gene da liderança, ele pôde se desenvolver como líder.

Ao crescer no palácio, ele teve acesso a estudos, conhecimento e formações de príncipe e isso colaborou muito com o seu desenvolvimento. Em seguida, ele foi sensível à voz de Deus e ao seu chamado (libertar o povo de Israel do poderio abusivo do Faraó).  

Pouco a pouco, Moisés foi aprendendo o que era liderança. Enquanto ele se desenvolvia (saúde física, mental e espiritual), reconheceu seu Ikigai (missão de vida) e seguiu em frente.  

Podemos aprender muitas características de liderança em Moisés: Ele não era um super-herói, não nasceu com o gene da liderança, mas, por outro lado, teve a humildade de pedir ajuda, buscou aliados (Arão, seu irmão, e Josué que veio a ser o seu sucessor muitos anos depois), aprendeu a delegar e era persistente diante das maiores dificuldades. Um homem de fé…”

Agora vejamos a história de uma outra grande líder. Entre os anos 1979 a 1990 a ex-primeira-ministra, Margaret Thatcher, atribuiu reformas e tirou o Reino Unido da estagnação. Ela é um modelo inspirador que fará você entender que uma boa liderança é transformadora.

Margaret Thatcher atuou com pulso firme e mesmo cercada de homens na política, ela não se intimidou, pois tinha convicção das suas metas e aonde queria chegar. Em sua ascensão ao posto máximo no governo do Reino Unido, ela enfrentou períodos de crise econômica e greves de trabalhadores, pois a época era afligida pela crise do pós-guerra.

Após dez anos da sua liderança política, o Reino Unido começou a atingir um crescimento econômico e estabilização nos preços. Ela levou o país da decadência à revitalização, ou seja, permeou processos transformadores que foram adquiridos por meio do empenho, visão transcendente e ambiciosa.  O mais interessante de tudo isso é que Margaret Thatcher não tinha o gene da liderança, mas liderou brilhantemente.

Outra referência de liderança transformadora que não carregava o gene da liderança foi Abraham Lincoln, um dos grandes nomes da história dos Estados Unidos – 16º presidente americano, que deixou um legado de como liderar e empreender.

Ele que ficou órfão de mãe aos noves anos e trabalhava arduamente no campo, era um garoto tímido, introvertido e sem noção do que queria para a vida. Ele sequer sabia qual era o seu talento e, por isso, teve vários empregos, como lenhador, serralheiro, barqueiro, balconista e até chefe dos correios.

À medida que Abraham Lincoln foi amadurecendo e se desenvolvendo, acabou se tornando um dos maiores líderes dos Estados Unidos, decretou a emancipação dos escravos, foi considerado um dos inspiradores da moderna democracia, tornou-se uma das maiores figuras da história americana e defendia a causa dos pobres e humildes.

Com estes exemplos podemos concluir que tendo ou não tendo o gene da liderança, o líder não nasce pronto, mas ele se desenvolve e se forma à medida que cresce, evolui, busca conhecimento, treinamentos e vive experiências de comando.

Pensando nisso, escrevi meu último livro, “O Líder de A a Z”, onde trago, por meio das letras do alfabeto, diversas características, qualidade e atributos para que todo aquele que deseje se tornar um líder ou evoluir em sua liderança possa se basear.

Você pode adquiri-lo nas melhores livrarias do Brasil ou sites de vendas, contudo te convido a conhecer meu trabalho como Palestrante, Mentor, Conselheiro e Escritor, além é claro de poder adquirir meus livros autografados diretamente em meu  site: www.marcelosimonato.com

Lembre-se disso, amigo leitor: Você pode se tornar um Grande Líder, basta buscar o desenvolvimento continuo (#lifelonglearning) e confiar no processo.

Eu posso te ajudar nisso!

Grande abraço

Por Marcelo Simonato, executivo, escritor, palestrante e especialista em Liderança e Gestão de Pessoas. É um dos colunistas do RH Pra Você. O conteúdo dessa coluna representa a opinião do colunista. Foto: Divulgação

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