Expectativa de melhora da economia impactará na contratação de profissionais temporários

Com o avanço da vacinação no país, a tendência é que o mercado comece a se reaquecer em diversos segmentos dos três macrossetores, indústria, comércio e serviços, e já a partir deste segundo semestre. Esse otimismo se reflete nos números apresentados pelo governo, com uma nova revisão do PIB, agora com um aumento da projeção, para 5%.

Neste momento, também temos percebido uma certa estabilidade nos casos de infecção e de internações causadas pelo coronavírus, o que representa um alívio à rede pública de saúde e um ânimo real à economia brasileira, elevando a esperança e perspectiva de retomada por setores que ainda não reagiram ou que demandavam atenção especial e que podem, novamente, obter confiança e força de atuação no mercado.

De acordo com a previsão da Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário), serão criadas mais de 630 mil vagas temporárias ainda no terceiro trimestre, podendo chegar a mais de um milhão e duzentas mil contratações ao final do ano, o que representa um aumento de 20% nas contratações de mão de obra temporária.

O aumento se dará principalmente pelo movimento cauteloso das empresas no processo de retomada, mesmo com o otimismo atual. Sem ter a certeza de crescimento sustentável ou mesmo de uma estabilidade que justifique a consolidação de um aumento na estrutura da organização, a mão de obra temporária se torna uma alternativa muito interessante. Isso porque os profissionais temporários podem ser legalmente utilizados no momento de crescimento da demanda e, dando os resultados esperados, tornam-se uma opção natural de efetivação na empresa.

Como especialista da área de Recursos Humanos e por estar sempre acompanhando os movimentos da economia no que se refere à empregabilidade, acredito que esse será o cenário que veremos muito em breve. Com a melhora dos níveis de produção e havendo aumento na demanda por serviços, a economia finalmente voltará aos eixos, trazendo o aquecimento econômico tão esperado.

Neste período de pandemia, vimos muitas contratações temporárias para os setores essenciais e, principalmente, para o setor de saúde. Essa área, inclusive, foi a que mais usufruiu e se beneficiou dessa modalidade de contratação, essencialmente para atuação na linha de frente do combate à covid-19.

E quando falamos em contratação de mão de obra temporária, devemos observar os mesmos cuidados que um profissional efetivo demanda em sua contratação, não somente quanto aos direitos trabalhistas dos profissionais, mas quanto a garantir que os temporários tenham o perfil desejado pela empresa, tanto na sua formação e experiência quanto nas suas competências técnicas e comportamentais.

E o lado do temporário? Olhando pelo ponto de vista do profissional que será contratado nesta modalidade, algo que precisa estar na mente dele a todo o tempo é que essa oportunidade pode ser um primeiro e grande passo para a conquista do seu emprego formal. Conforme suas entregas, dedicação e resultados, as chances de efetivação dentro da empresa aumentam e muito, mesmo que não seja especificamente para a posição para a qual ele foi inicialmente recrutado.

Para aumentar a possibilidade de efetivação, o profissional precisa estar aderente ao perfil da empresa e se enquadrar no estilo de trabalho dos funcionários efetivos, tendo uma convivência saudável e produtiva com eles. Identificar essa adequação em um processo seletivo torna-se mais fácil quando a área de RH conta com o uso de ferramentas psicométricas para análises preditivas, que entre outras questões, antecipam o potencial de sucesso de um candidato na empresa.

Os instrumentos de análise comportamental, de inteligência cognitiva e de traços de personalidade são os mais indicados para elevar o nível de assertividade na contratação do profissional temporário –processo que, como já mencionado, deve ter a mesma importância e cuidados adotados na contratação de um colaborador efetivo.

Trabalho temporário e a economia pós-pandemia

Por Anderson Nagado, administrador de empresas e diretor de Consultoria do Grupo Soulan.

 

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