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Ainda segundo o estudo, estima-se que 14% dos empregos correm o risco de desaparecerem completamente por conta da implementação de processos de automação e inteligência artificial. Isso porque, quanto mais previsível forem as tarefas relacionadas a um emprego, mais passível de automação ele é. Embora esse estudo seja anterior à pandemia, a tendência é que esses números se mantenham e possam até ser superados. No relatório “O futuro do trabalho pós-COVID-19”, elaborado pela consultoria McKinsey Global Institute, os autores afirmam que, “historicamente, em momentos de crise e recessão, as empresas costumam controlar os custos e mitigar as incertezas de duas formas: adotando a automação e redesenhando os processos de trabalho, reduzindo principalmente a parcela de empregos que envolvem tarefas de rotina”. Para corroborar essa conclusão, a consultoria partiu de dados coletados em uma pesquisa global com 800 executivos seniores, ainda em 2020, na qual detectou um padrão: dois terços dos entrevistados disseram que estavam aumentando os investimentos em automação e inteligência artificial de forma moderada ou significativa. Por outro lado, as novas tecnologias não podem ser encaradas como vilãs. Afinal, carregam consigo o potencial para abertura de novos postos de trabalho – inclusive, muitos negócios hoje só existem por conta da tecnologia e da internet, que multiplicaram oportunidades de emprego e isso ficou ainda mais evidente durante a pandemia. Novos modelos de trabalho Os anos 2020 e 2021 foram marcados por uma crescente evolução digital, que avançou ao menos uma década em apenas alguns meses. A maneira como trabalhamos mudou em pouquíssimo tempo graças aos recursos tecnológicos que permitem digitalmente a interação e a colaboração, como videoconferência e compartilhamento de arquivos diretamente na nuvem. Como consequência, estamos diante de uma nova era, que tem sido chamada pela plataforma LinkedIn de “Grande Reorganização”. Em seu relatório de Tendências Globais de Talentos para 2022, a rede social de negócios afirma que “enquanto os empregadores estão repensando sua cultura e valores, os funcionários buscam flexibilidade, cuidado e equilíbrio entre vida profissional e pessoal. E ainda demonstram uma disposição sem precedentes de procurar novas oportunidades se suas necessidades não forem satisfeitas”. Além disso, a previsão é que a demanda por competências tecnológicas cresça muito até 2030. Em relação especificamente à área de TI, por exemplo, o relatório da consultoria McKinsey revela que a demanda por trabalhadores em ocupações STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) pode crescer mais do que antes da pandemia. Refletirá um maior foco nessa área à medida que a população envelhece e a renda aumenta, além da necessidade cada vez maior de pessoas capazes de criar, implementar e manter novas tecnologias. Serão esses os profissionais responsáveis por lidar com plataformas cada vez mais complexas e que, ao mesmo tempo, possam humanizar e melhorar a experiência de todas as pessoas envolvidas. No entanto, a verdade é que, devido à desigualdade social, boa parte da população ainda se encontra um passo atrás em relação aos grandes avanços tecnológicos e esse talvez seja o grande desafio a ser discutido sobre o futuro do trabalho. Por Cibele Giarrante, Diretora Sênior de Recursos Humanos na Lumen Technologies. Executiva com mais de 25 anos de experiência em RH em companhias nacionais e multinacionais. Especialista em Gestão de Pessoas, é Economista de Formação e Master em Business Management. Como líder de Recursos Humanos, é responsável pela gestão da mudança, da cultura e das pessoas na Lumen Brasil, e tem também a missão de liderar o Programa de Diversidade, Inclusão e Pertencimento da empresa na América Latina. Ouça o PodCast RHPraVocê, episódio 58, "Como criar uma cultura de inovação?" com Mary Ballesta, Diretora global de Inovação do Grupo Stefanini. Clique no app abaixo: https://open.spotify.com/episode/1NvyXGYFowfE22kHyOLoxU?si=zmJRh_8HSu2s8CZwT1tPGw
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