Nos últimos anos, o
networking tem sido uma
habilidade essencial para qualquer profissional, mas o que tenho observado é que, com o ritmo acelerado das transformações tecnológicas e as novas dinâmicas de trabalho,
ele está se reinventando.
E a verdade é que, em 2025, as maneiras de nos conectarmos profissionalmente serão bem diferentes das que conhecemos e aprimoramos em 2024.
Networking híbrido
Um exemplo disso é o
networking híbrido, uma tendência que já nasceu com a pandemia de Covid-19. Durante o período de
lockdown, a forma como nos conectamos mudou drasticamente e o digital se tornou uma necessidade constante na vida das pessoas.
E, ao que tudo indica, em 2025, o modelo híbrido - que mistura eventos presenciais e virtuais - será ainda mais forte. Ferramentas como
Zoom e
Microsoft Teams se tornaram essenciais para criar redes globais e, embora as reuniões presenciais continuem a ser fundamentais, elas vão coexistir com o digital, oferecendo uma dinâmica mais rica e pessoal.
A
popularização do modelo híbrido tem a ver com a automação das redes e a virtualização de funções, que têm tornado as plataformas de comunicação cada vez mais eficientes.
Isso significa que, mesmo com uma audiência global, será possível estabelecer conexões mais facilmente. O futuro do
networking, pelo visto, será cada vez mais flexível e acessível para todos.
A tecnologia no networking
Outro ponto que estou acompanhando e que tem ganhado força é a presença crescente da Inteligência Artificial (IA) no
networking. A IA tem o potencial de transformar a forma como nos conectamos profissionalmente, analisando perfis e sugerindo as conexões mais relevantes. Isso já acontece, por exemplo, no
LinkedIn, que usa algoritmos para nos recomendar pessoas com base em nossos interesses, histórico e objetivos de carreira.
Eu percebo que, apesar da resistência de alguns, a automação não precisa comprometer a personalização das interações. Pelo contrário: ao otimizar tarefas repetitivas, como o envio de mensagens ou a organização de encontros, a IA nos permite focar nas
conexões realmente estratégicas - isso, sim, pode tornar o processo muito mais eficiente e impactante.
Alinhamento ao ESG
E por falar em impacto, uma tendência que tem sido cada vez mais visível é a responsabilidade social, especialmente quando falamos de sustentabilidade e
questões ESG. E não estou falando apenas de empresas, mas também de como isso reflete no
networking: estar alinhado com essas pautas pode abrir portas não só para novos negócios e para um mercado de trabalho mais ético e inclusivo.
Por último, tenho acompanhado com bastante interesse o crescente uso de tecnologias vestíveis, como
smartwatches e assistentes virtuais, no ambiente profissional. Esses dispositivos têm ajudado as pessoas a gerenciar suas redes de contatos de maneira mais eficiente, fornecendo dados em tempo real sobre oportunidades e eventos importantes.
O que vejo é uma convergência entre o humano e a máquina capaz de tornar o
networking mais ágil, eficiente e com menos fricções. Isso facilita o acompanhamento de cada nova conexão, sem perder o foco no que realmente importa.
No fim das contas, o que podemos perceber é que a tecnologia está reformulando profundamente
a maneira como fazemos networking. Cada vez mais, esse processo se tornará mais estratégico e inteligente.
Em 2025, o
networking será não só mais conectado, mas também mais autêntico, com interações que vão além da simples troca de cartões de visita. A chave será, sem dúvida, investir nas conexões e referências de negócios que realmente fazem a diferença.
Por Mara Leme Martins, PhD. Vice Presidente do BNI Brasil – Business Network International.
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