Aprendizados de Crises: resiliência corporativa e crescimento

A trajetória de uma empresa raramente é linear, e muitas vezes é marcada por altos e baixos inesperados. Ao longo da minha experiência no mundo corporativo, tive a oportunidade de vivenciar alguns momentos de crise, que resultaram em um enorme aprendizado, tanto pessoal quanto profissional. Em 2013, as condições do mercado pareciam favoráveis, e linhas de crédito com juros muito baixos e longos parcelamentos apareceram como grandes oportunidades para investimentos pesados. Era uma chance de crescer e de modernizar os processos. Como uma empresa do setor da construção civil, um ramo de capital intensivo, é preciso investir pesado. RH TopTalks Tomamos essa decisão, acreditando que a demanda continuaria forte e que o investimento seria uma via segura para o crescimento. No entanto, entre 2015 e 2018, o mercado encolheu, os custos aumentaram e os pagamentos se tornaram cada vez mais difíceis de honrar. O impacto foi grande.

Desafios e Superação: resiliência em tempos de crise

A crise foi uma experiência dura, refletida em noites sem dormir, estresse e pressão. As decisões que tomamos em 2013 foram um reflexo de um cenário que parecia promissor, mas que, rapidamente, se transformou em uma armadilha. Foi um dos maiores desafios que enfrentei, e, quando foi superado, acreditei que estava pronto para assumir o comando da empresa, que é familiar. A pandemia também foi uma prova de fogo para gestores em todo o mundo. Em nossa empresa, a primeira reação foi criar um comitê virtual de crise. Reunimos os principais líderes da empresa e o conselho para tomar decisões rápidas e difíceis, pois não havia tempo a perder. Conversamos com fornecedores, clientes e até cancelamos pagamentos, pois a falta de faturamento era uma realidade. Além disso, tivemos que reavaliar contratos com prestadores de serviços terceirizados, que estavam paralisados, e lidar com a pressão de não saber o que aconteceria no dia seguinte, preocupados com a segurança dos colaboradores e o impacto econômico.

Movimentação institucional

Nos movimentamos junto às entidades de classe para entender os riscos e proteger tanto os trabalhadores quanto a continuidade do negócio. Fomos obrigados a adaptar nosso modelo operacional com regras rígidas de segurança sanitária. Felizmente, o setor de construção civil acabou sendo um dos primeiros a ser liberado. Após esse período de inatividade, a adaptação ao novo normal exigiu esforço, inovação e resiliência. O processo de recuperação foi intenso, com grande procura por nossos serviços e alta demanda da construção civil em geral, que voltou com tudo. Segundo o IBGE, em 2021 o PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil cresceu 9,7%, depois de registrar queda de 6,3% em 2020. Esses momentos de crise acabam por ser, muitas vezes, uma oportunidade para fortalecer a cultura e aprimorar a estratégia. Cada crise nos ensinou a ser mais ágeis e a tomar decisões mais assertivas. Hoje, posso afirmar com segurança que uma empresa se torna mais sólida quando aprende a superar suas dificuldades. Nem sempre é possível evitar esses momentos, é preciso enfrentá-los. Resiliência corporativa_foto do autor Por Cristian Mohr, CEO da Max Mohr, especializada em tecnologia em concreto e argamassa, é uma das marcas de referência em soluções para a construção civil no Sul do país. São cerca de 400 colaboradores diretos e foco em inovação constante, com a melhoria de produtos em um dos maiores laboratórios de pesquisa e desenvolvimento do Sul do Brasil.    
🎧 Inteligência Artificial (IA): Deve Mesmo Preocupar-nos?
No episódio 158 do RH Pra Você Cast, intitulado “IA: a preocupação deve mesmo existir?”, discutimos um tema que tem gerado debates acalorados: o desenvolvimento das inteligências artificiais. Em março de 2023, veio a público a informação de que cerca de 2.600 líderes e pesquisadores do setor de tecnologia assinaram uma carta aberta solicitando uma pausa temporária nesse desenvolvimento. O argumento central é que as IAs podem representar um “risco para a sociedade e a humanidade”. Surpreendentemente, até Elon Musk, um dos maiores entusiastas da tecnologia, também assinou o documento.
Visões Contrastantes: Otimismo vs. Preocupação
Jhonata Emerick, CEO da Datarisk, diverge desse movimento de cautela em relação às IAs. Para o doutor em Inteligência Artificial, a evolução dessas tecnologias é tão natural quanto o crescimento que elas podem impulsionar. Ele argumenta que, ao longo da história, a humanidade sempre enfrentou mudanças disruptivas, e a IA não é exceção. A questão, portanto, é como nos adaptamos e aproveitamos essas transformações.
Legitimidade das Preocupações
Mas será que as preocupações em torno das IAs são legítimas? Inegavelmente, a perda de empregos é frequentemente apontada como um risco iminente. No entanto, também devemos considerar os benefícios potenciais: automação de tarefas repetitivas, diagnósticos médicos mais precisos, otimização de processos industriais e muito mais. Ainda há muito a aprender sobre o impacto real das IAs em nossas vidas.
O Desconhecido e o Potencial Inexplorado
Por fim, o que as IAs podem fazer por nós que ainda não compreendemos totalmente? Talvez estejamos apenas arranhando a superfície de suas capacidades. Assim, à medida que avançamos, é crucial manter um olhar crítico e otimista, buscando equilibrar os riscos com as oportunidades. Não se esqueça de seguir nosso podcast bem como interagir em nossas redes sociais: Facebook Instagram LinkedIn YouTube