Medicina de Família: O Futuro do cuidado em saúde
A Medicina de Família e Comunidade está moldando o futuro da saúde no Brasil. Na última década, o número de especialistas mais que dobrou entre 2012 e 2022, segundo a Demografia Médica no Brasil de 2023. Mas será que estamos aproveitando todo o potencial dessa especialidade que coloca o paciente no centro do cuidado?
Apesar do avanço, a especialidade ainda representa apenas 1,78% dos médicos no país. Assim, quase metade dos estados brasileiros tem menos de um médico de família por 100 mil habitantes. Esse dado revela uma desigualdade que compromete a equidade no acesso à saúde e destaca a urgência de expandir essa força de trabalho.
Acompanhando gerações inteiras
Ser médico de família é abraçar a complexidade. É cuidar de problemas de saúde que vão da ginecologia à dermatologia, passando por doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Mas é também olhar além dos sintomas, entendendo como fatores sociais e ambientais moldam a saúde do paciente.
Mais do que um clínico, o médico de família é um ponto de conexão. Ele acompanha gerações inteiras, criando vínculos de confiança que promovem saúde de forma preventiva e contínua. Um gesto simples, como lembrar o nome de um familiar, pode fortalecer uma relação médico-paciente e transformar vidas.
Entre as ferramentas que destacam a Medicina de Família, a busca ativa é talvez a mais significativa. No modelo tradicional, o paciente vai ao médico. Na busca ativa, é o contrário: o médico vai ao paciente.
A diferença que poucos conhecem
Quando pensamos no papel de um médico na sociedade, a imagem de alguém que cuida da saúde de maneira ampla e atenta ao paciente como um todo é idealizada. Essa visão é especialmente verdadeira no caso do médico de família, um profissional essencial para a estrutura de um sistema de saúde eficiente e humanizado.
O termo "clínico geral" ainda é amplamente utilizado pela população, mas ele não reflete a complexidade das especializações na área médica. Dentro da medicina, os médicos generalistas podem ter formação em duas residências distintas: Clínica Médica e Medicina de Família e Comunidade. Ambas possuem enfoque generalista, mas com atuações distintas.
A Clínica Médica está mais voltada ao contexto hospitalar, com foco em pacientes internados e casos graves. Já a Medicina de Família e Comunidade se dedica ao cuidado ambulatorial e à Atenção Primária à Saúde (APS), sendo o primeiro ponto de contato de muitas pessoas com o sistema de saúde.
Essa diferença destaca a importância de um médico de família como o profissional que acompanha pacientes e famílias ao longo do tempo, compreendendo não apenas doenças, mas o contexto de vida.
Valorização: a chave para o futuro da Medicina de Família
A Medicina de Família é para quem valoriza o aprendizado contínuo e busca uma prática diversificada e desafiadora. Atuamos em contextos urbanos e rurais, adaptando-nos a diferentes culturas e necessidades, o que exige habilidades técnicas e interpessoais.
Enfrentamos situações inesperadas diariamente, o que nos tira da zona de conforto e nos impulsiona a encontrar soluções rápidas e eficazes. Apesar dos desafios, é uma especialidade profundamente recompensadora, que oferece a oportunidade de transformar vidas e criar impactos duradouros na saúde das comunidades.
Escolher a Medicina de Família é optar por uma carreira que une ciência, humanidade e inovação. É uma jornada que desafia e inspira, proporcionando o privilégio de cuidar de pessoas em todas as etapas da vida, com um impacto que reverbera por gerações.
Por Raphael Santana, médico de família e comunidade. Formado pela Universidade de Brasília (UnB), médico de família e comunidade pela Escola de Saúde Pública da Prefeitura Municipal de Florianópolis, pós-graduação em Geriatria pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, preceptor do programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
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