O peso do esgotamento e sobrecarga mental na felicidade da mulher
No Brasil, mais de 45% das mulheres sofrem com transtornos como depressão e ansiedade. As mulheres são mais atingidas pela sensação de
esgotamento e sobrecarga mental se comparada aos homens, pelo acúmulo de responsabilidades entre o trabalho do cuidado e a carreira.
Isso é potencializado pela dificuldade das mulheres em dizer NÃO e estabelecer limites saudáveis, a síndrome da boazinha, os padrões de beleza e comportamentos, a busca constante por perfeição e a culpa feminina.
Inegavelmente, esses fatores combinados têm reforçado o esgotamento mental feminino, afetando a qualidade de vida, o bem-estar e a saúde mental. Como disse Byung-Chul Han em seu Livro Sociedade do Cansaço: "
O excesso da elevação de desempenho constante leva a um infarto da alma."
Acima de tudo, esse excesso de tarefas faz com que as mulheres entrem no modo piloto automático, onde perdem de vista o que é realmente importante, aquilo que tem valor e sentido que traz direção e propósito para a vida.
Tiffany Dufu, especialista em liderança feminina, afirma: "
O verdadeiro esgotamento surge quando sentimos que o que fazemos não é importante ou não reflete quem somos."
A sensação de
esgotamento mental feminino, que se enfrenta diariamente não está relacionada apenas ao número de tarefas, mas também à desconexão emocional que elas sentem na relação com essas atividades, que parecem mais uma obrigação em uma lista interminável.
Qual o antídoto para esse mal?
Nossas ações devem refletir nossos valores,
felicidade é coerência.
Outra estratégia pode
aliviar a insatisfação e sobrecarga. Estabeleça objetivos com sentido que direcionem suas escolhas. Isso trará mais vitalidade e experiências positivas como orgulho, reconhecimento e esperança. Além disso, ter consciência do que é verdadeiramente importante ajuda a estabelecer limites saudáveis e driblar a culpa.
Não caia na armadilha feminina de fazer tudo para todos sem se dar conta de seus limites, o protótipo da mulher maravilha, pois a somatória de todas essas tarefas tem um preço alto para sua saúde, realização e felicidade.
Delegue, peça ajuda. Aprenda a deixar a peteca cair, acolha a mulher possível, reflita sobre o que é realmente importante, e não confunda produtividade com valor. Livre-se da culpa feminina e da busca perpétua por aprovação e reconhecimento externo. Livre-se do que não te serve mais, comportamentos, pensamentos e atitudes e comece 2025 com mais leveza.
Por Juliana Carneiro, especialista em Felicidade e Bem-Estar da Mulher. Palestrante e professora de Psicologia Positiva.
🎧 Ouça o Podcast RHPraVocê Cast, Episódio 203: “Como Resgatar a Saúde Mental do Profissional Brasileiro?”
Pesquisas Alarmantes sobre a Saúde Mental no Brasil
Não é difícil encontrar pesquisas e relatórios com estatísticas alarmantes sobre a saúde mental do profissional brasileiro. Seja por questões pessoais ou acontecimentos no trabalho, índices de depressão, ansiedade e tristeza são altos. Esses fatores colocam o Brasil em posições preocupantes nos rankings de incidência. Além disso, com o burnout, o panorama não é diferente.
Mudando o Cenário da Saúde Mental no Trabalho
É possível mudar esse cenário? Sim, é possível. Mas, o que fazer? A psicóloga clínica e organizacional Rosalina Moura, colunista do RH Pra Você, traz um olhar humano à situação. Inegavelmente é um papo obrigatório para todo gestor, líder e profissional de RH, pois Rosalina oferece
insights valiosos. Confira!
Acima de tudo, não se esqueça de seguir nosso podcast bem como interagir em nossas redes sociais:
Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube
Capa:
Depositphotos