As empresas podem ser agentes de transformação para a conscientização racial e a diversidade

A desigualdade racial no Brasil é um desafio que ainda se reflete de forma significativa na diferença de renda. Com efeito, trabalhadores negros ganham, em média, quase 40% menos do que os não negros. O dado é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e expõe a urgência de iniciativas que promovam a equidade racial e a diversidade, especialmente no ambiente corporativo com a conscientização racial. Com a chegada da Geração Z ao trabalho, temas como diversidade, equidade e inclusão tornam-se ainda mais decisivos para as empresas. Além disso, conforme pesquisa realizada pela Deloitte, 83% dos jovens desta geração valorizam carreiras que tenham propósito. Eles aspiram por um futuro em que a diversidade e inclusão, sustentabilidade ambiental e social sejam efetivamente concretizados. Report Sync 2024 De acordo com a ONU, a Gen Z, que compreende os nascidos entre 1997 e 2012, representa cerca de 32% da população global. No Brasil, o IBGE aponta que esse grupo representa 47 milhões de pessoas, das quais 48% estão inseridas no mercado de trabalho. O engajamento das empresas é fundamental para reverter o cenário de desigualdade racial e contribuir para uma sociedade mais justa. Adotar práticas que incentivem a inclusão e combatam o preconceito estrutural é fundamental. Ademais, essas práticas oferecem uma oportunidade de impulsionar a inovação e a produtividade. Mais importante, trata-se de uma questão de responsabilidade social.

Políticas de diversidade e inclusão racial

Empresas devem estabelecer políticas claras e abrangentes, evidenciando o compromisso com a equidade em todas as áreas. Essas diretrizes devem assegurar oportunidades iguais desde o recrutamento até a promoção de talentos. Mais ainda, é necessário criar mecanismos para monitorar e reduzir as desigualdades existentes.

Treinamentos e campanhas de conscientização

Palestras pontuais são importantes. No entanto, programas contínuos de treinamento, workshops interativos e campanhas internas ajudam a desconstruir preconceitos inconscientes. Além disso, promovem a empatia de forma consistente. Essas iniciativas criam um ambiente onde todos os colaboradores se sintam respeitados e valorizados.

Recrutamento e seleção inclusivos

Para garantir a representatividade, é importante diversificar as fontes de recrutamento, buscando talentos em universidades, comunidades e organizações que atendem grupos sub-representados. Boas práticas incluem a adoção de currículos anônimos e o treinamento de recrutadores para identificar e evitar vieses inconscientes. É importante treinar os recrutadores para identificar e evitar preconceitos inconscientes e para que o foco seja nas competências.

Liderança comprometida com a inclusão

Líderes devem ser os maiores defensores da diversidade, promovendo discussões abertas, tomando medidas concretas e mentorando profissionais negros para apoiar seu desenvolvimento e ascensão na empresa. A liderança deve ser o principal agente da inclusão, promovendo e participando de conversas sobre o tema e demonstrando, com suas ações, um compromisso com a diversidade. Isso inclui reconhecer talentos de diferentes origens, oferecer oportunidades iguais de desenvolvimento e construir um ambiente em que todos se sintam valorizados.

Criação de comitês de diversidade

Comitês internos compostos por colaboradores de diferentes origens podem atuar como agentes de mudança. Além de promover eventos e debates, esses grupos podem monitorar o progresso da empresa em relação às metas de inclusão e auxiliar na revisão de políticas internas. Ao implementar essas ações, as empresas se aproximam da criação de ambientes de trabalho mais justos, éticos e produtivos, onde os colaboradores possam se sentir parte integrante do time. As organizações também tornam-se mais atrativas para talentos diversos e fortalecem sua reputação como empresas comprometidas com a responsabilidade social e a igualdade. conscientização racial e diversidade_foto da autora Por Damaris Dias, gerente de Pessoas e Cultura do Hub de Negócios e Comunicação Gotcha e da GT7, Unidade de Negócios do Grupo TODOS Internacional.      
🎧 Ouça o episódio 143 do RH Pra Você Cast: “Inclusão 50+: Oportunidades e Desafios para o Futuro do Trabalho”
O episódio 143 do RH Pra Você Cast mergulha no tema da inclusão etária no ambiente profissional. Com o título provocativo “Inclusão 50+, bom para o presente e para o futuro (de todos nós)”, exploramos como a coexistência de diferentes gerações pode ser uma força motriz para empresas e profissionais.
O Dilema das Gerações
  1. O Questionamento Pessoal: Imagine-se daqui a cinco ou dez anos. Essa reflexão, frequentemente feita em processos seletivos, não é simples. Especialmente para o público 50+, que enfrenta estereótipos e incertezas quanto ao futuro profissional.
  2. O Choque Geracional: Pesquisas indicam que a interação entre gerações é benéfica para todos. Contudo, como garantir que os profissionais mais experientes não sejam deixados para trás?
Mudando o Panorama
  1. Inclusão como Prioridade: Precisamos mudar a narrativa, pois a inclusão de profissionais 50+ não é apenas uma questão de justiça social. Inegavelmente é também estratégica para as empresas.
  2. Vantagens da Mescla Geracional: A diversidade etária traz criatividade, resiliência e diferentes perspectivas. Como podemos aproveitar esses benefícios?
Conversa com um Especialista
Neste episódio, tivemos a honra de entrevistar Mórris Litvak, Fundador e CEO da Maturi. Com efeito, ele compartilhou insights sobre como desenvolver mecanismos de inclusão e promover um ambiente de trabalho que valorize todas as idades. 🎧 Clique no app abaixo e ouça o episódio completo! Descubra como a inclusão 50+ é uma oportunidade para todos nós construirmos um futuro profissional mais rico e diversificado. Não se esqueça de seguir nosso podcast bem como interagir em nossas redes sociais: Facebook Instagram LinkedIn YouTube