O CEO como Protagonista: A Importância de Ser a "Cara" da Sua Empresa
Em um cenário onde o empreendedorismo se destaca como uma das forças mais potentes da economia, há um fenômeno interessante acontecendo. Embora muitos empreendedores estejam cientes da necessidade de se destacar, existe uma resistência – ou até mesmo uma aversão – ao protagonismo.
Muitos acreditam que o sucesso de suas empresas depende unicamente da gestão interna e dos processos operacionais. No entanto, em um mercado saturado, com consumidores cada vez mais exigentes e ávidos por autenticidade, a presença e
a figura do CEO tornaram-se um diferencial fundamental.
Empreendedorismo de palco
Em uma época em que o "empreendedorismo de palco" está em alta, muitos empreendedores se sentem desconfortáveis ou até envergonhados com a ideia de se expor publicamente.
Porém, ao negligenciar essa responsabilidade de ser a 'cara' da empresa, eles podem estar perdendo uma grande oportunidade de conectar-se de maneira mais profunda com seus consumidores. Além disso, essa atitude pode enfraquecer a identidade da marca.
A verdade é que, em um mercado cada vez mais comoditizado, onde os produtos e serviços muitas vezes se parecem uns com os outros. Ademais, as pessoas buscam algo mais do que uma simples transação.
Conexão genuína
Elas querem uma conexão genuína, e quem melhor para promover essa conexão do que o próprio CEO? A figura do líder da empresa transmite confiança, credibilidade e, acima de tudo, um ponto de identificação para os consumidores.
Se você é um empreendedor que ainda sente resistência e se colocar na frente do palco, saiba que pode mudar essa percepção. Para isso, aqui estão alguns passos para começar a assumir o
papel de protagonista na sua empresa.
Clareza
O primeiro passo é ter clareza sobre quem você é e o que te trouxe até aqui. As pessoas se conectam com histórias reais, não com empresas impessoais.
É fundamental que o CEO tenha clareza sobre sua própria jornada – suas origens, desafios enfrentados e os aprendizados ao longo do caminho.
Quando o líder da empresa compartilha sua história de maneira autêntica, ele cria uma ponte emocional com seu público. Isso não significa apenas falar sobre a empresa, mas também sobre o impacto pessoal que essa jornada teve na sua vida e no seu trabalho.
Comunicação eficaz
O segundo passo é construir uma mensagem que atrairá seu perfil de consumidor ideal. Uma comunicação eficaz começa com uma compreensão profunda do seu público-alvo.
O CEO deve desenvolver uma mensagem clara que ressoe com o perfil de consumidor ideal (ICP, ou
Ideal Consumer Profile) de sua empresa. Quando o líder da empresa cria uma mensagem que fale diretamente com as necessidades, desejos e valores desse público, ele pode gerar uma conexão genuína. Ademais disso, essa abordagem pode engajar os consumidores de forma significativa.
Essa mensagem deve ser construída com base em autenticidade e empatia, fazendo com que os consumidores sintam que a empresa está verdadeiramente preocupada em atendê-los, não apenas em vender um produto ou serviço.
Consistência
O terceiro passo é ter consistência. Assumir o protagonismo como CEO não é algo que pode ser feito apenas de forma ocasional. Para gerar confiança e estabelecer uma presença sólida, é essencial que o CEO tenha consistência em sua comunicação e comportamento.
Isso significa não apenas manter uma presença regular nas redes sociais e eventos, mas também se comprometer com a entrega de valor contínuo para o seu ICP. Cada interação com o público deve ser uma oportunidade para reforçar a mensagem da empresa e o seu compromisso com as necessidades dos consumidores.
Isso é parte do seu trabalho, o passo mais difícil do CEO
O quarto passo é o mais difícil: entender que isso
faz parte do seu trabalho. O passo mais difícil de todos é entender que ser o rosto da sua empresa não é uma escolha, mas sim uma obrigação do CEO. Muitos empreendedores se concentram tanto nas operações e no lado técnico do negócio que negligenciam a importância de sua própria imagem como líder
No entanto, isso faz parte do trabalho de ser um CEO. Sua presença, sua liderança e sua capacidade de comunicar sua visão são componentes cruciais para o sucesso a longo prazo da empresa.
O momento em que você entender que não se trata apenas de você, mas das pessoas que você está deixando de impactar ao não se expor, será o momento em que você abandonará o medo de se mostrar e, finalmente, aproveitará o poder da sua própria história para gerar uma transformação real na vida dos seus consumidores.
CEO que evita se expor
Muitos CEOs e empreendedores evitam se expor devido a um medo irracional de parecerem egoístas ou egocêntricos. Contudo, a realidade é que, ao se colocar na linha de frente, você não está falando apenas sobre si mesmo, mas sobre o impacto que sua empresa pode ter na vida das pessoas. Você está compartilhando sua visão, suas ideias e seu compromisso em ajudar a resolver os problemas que seu público enfrenta.
Quando o CEO consegue entender que sua visibilidade não é sobre si mesmo, mas sobre as pessoas que ele pode ajudar, ele se liberta de suas inseguranças e começa a usar sua posição para causar um impacto maior.
Ao fazer isso, ele amplia o alcance de sua transformação, permitindo que mais consumidores se conectem com a sua mensagem e se beneficiem do valor que sua empresa pode proporcionar.
Mais que um título corporativo
Em um mundo onde a concorrência é acirrada e as opções para o consumidor são quase infinitas, a figura do CEO é mais do que apenas um título corporativo – é um diferencial estratégico.
O líder que se posiciona, compartilha sua história, constrói uma comunicação autêntica e consistente, e entende o impacto de sua presença, pode transformar sua empresa e gerar uma conexão profunda com seus consumidores.
O mercado de hoje exige CEOs que saibam se comunicar, se expor e, acima de tudo, ajudar as pessoas a ver o valor real no que estão oferecendo. Portanto, se você ainda tem dúvidas sobre se deve ou não ser a cara da sua empresa, a resposta é clara: sim, é sua obrigação.
O quanto antes você aceitar esse papel de liderança pública, mais rápido sua empresa será capaz de alcançar o sucesso desejado.
Por Gustavo Malavota, Sócio fundador do Grupo Mola, fundador do Instituto Vendas, Mestre em Gestão e Desenvolvimento, graduado em Marketing pela ESPM e criador do método “10 Ações em Vendas”.
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No episódio mergulhamos nas tendências que moldam o mundo do trabalho neste ano. Enquanto alguns colaboradores resistem a abandonar o trabalho híbrido ou o home office, muitas organizações anseiam pelo retorno ao “velho normal” – a jornada 100% presencial. Mas será que o “novo normal” está perdendo força?
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