Dizem que comunicar não é o que você fala e, sim, o que o outro entende. Partindo deste princípio, o paralelo com a Comunicação Interna não é diferente. Por muitos anos, coletar feedbacks e desenvolver análises com base em dados dependeu exclusivamente de pesquisas gerais de clima e até de algum feedback pontual coletado. Mas a comunicação tem muito mais potencial de evolução quando acompanhada de perto.

Cada mensagem disseminada tem o objetivo de ser compreendida por aqueles que a receberem dentro da organização. Então, por que a CI sempre teve tanta dificuldade para coletar essa percepção e de usar métodos focados em entender e mensurar o impacto dos comunicados?

A comunicação interna precisa ir além do comunicar

Uma cultura orientada a dados e resultados já se faz presente na rotina de outras áreas como marketing, administrativo, comercial e teve uma grande parcela de responsabilidade no desenvolvimento e crescimento destas profissões. O cenário atual proporcionou a aceleração do processo de transformação digital de diversos setores e a tendência é que, a cada dia, ela seja mais uma necessidade do que um diferencial nas empresas. A partir da análise de resultados qualquer profissional ganha inteligência em suas ações e capacidade de reação rápida.

Em uma pesquisa internacional, 91% dos respondentes citaram a falta de comunicação clara com seus líderes como um dos piores problemas organizacionais. Isolado, esse percentual pode não impactar tanto, mas quando analisamos outras informações é possível compreender a real importância de uma comunicação interna que seja clara e acessível a todos dentro da organização e, principalmente, que fale a mesma língua que os colaboradores.

Em um estudo da Gallup, foi concluído que os funcionários perdem 20% do seu tempo de trabalho buscando informações corporativas necessárias para realizarem suas tarefas diárias. Em contraponto, em empresas que possuem um sistema de comunicação efetivo tem 21% a mais de produtividade e 22% a mais de faturamento.

É preciso virar a chave na forma de enxergar o papel da comunicação, pensando nela como estratégia para o desenvolvimento saudável das organizações que, ainda segundo estudo Gallup, poderá ser responsável por resultados de excelência desde a redução do turnover de colaboradores de 25% a até 65% e também de resultados que chegam na ponta final: o cliente, elevando em até 10% as métricas de satisfação.

Ao longo dos últimos 10 anos, trabalhando na área e em contato com outros profissionais, posso afirmar que os melhores e maiores casos de sucesso que já conheci aconteceram em empresas que colocaram esforços em entender o comportamento dos seus funcionários e desenvolveram suas estratégias de comunicação alinhadas com as expectativas deles.

O propósito de CI sempre será o de conectar pessoas e organizações, porém existe um potencial imenso a ser explorado que é sobre sua importância e impactos relacionados ao negócio.

A comunicação interna além do "comunicar"

Por Felipe Hotz, fundador e CEO do Comunica.In. É empreendedor com 10 anos de experiência na área de Comunicação Interna e Endomarketing.

 

 

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

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