O foco está no colaborador: cuidar da saúde financeira do seu time ajuda a reter talentos e reduzir custos

O sonho de todo empreendedor é que sua companhia possa crescer saudável e colher bons frutos. Mas, de nada adianta ter boas ideias e estratégias de negócios se a empresa não tiver uma base sólida para a construção da marca, independentemente de seu ramo de atuação. Para isso, antes de investir em grandes ideias de branding ou buscar parcerias externas, é necessário voltar o olhar para o público interno desde o princípio.

Responsáveis por manter a engrenagem funcionando, os colaboradores de uma empresa precisam ser valorizados, não apenas no âmbito profissional, mas também como pessoas. A princípio, pode parecer bobagem, mas garanto que não é.

E digo porque: o time, assim como eu e você, é composto por pessoas, não por máquinas. Problemas pessoais dos colaboradores podem afetar direta ou indiretamente o desempenho no trabalho, como por exemplo questões de saúde, estresse, problemas familiares e a vida financeira – um assunto muito relevante especialmente no cenário pós pandemia.

De acordo com uma pesquisa feita pela nossa empresa com 2 mil trabalhadores brasileiros, 52% tiveram aumento de gastos nos últimos 12 meses, 21% estão com as contas em atraso e 27% precisaram recorrer ao parcelamento para honrar com seus compromissos financeiros.

Neste momento, você, caro leitor, deve estar se questionando: “mas então as finanças dos meus colaboradores também deveriam ser minha preocupação?”

Minha resposta é “sim”. E explico o motivo.

Outra pesquisa que realizamos com 1535 trabalhadores mostrou que 45% dos que têm problemas financeiros têm insônia com frequência, 35% perdem o foco em suas funções pensando em dinheiro e 25% precisam resolver pendências causadas pela dificuldade financeira ao longo do dia.

Além disso, os níveis de ansiedade desses trabalhadores são expressivos, como mostra a pesquisa realizada em 2019 pela International Stress Management Association (ISMA-BR). Segundo o estudo, 78% dos participantes sofrem com ansiedade por incertezas financeiras. Isso sem falar nos malefícios à saúde: a instabilidade financeira pode aumentar em 68% a chance de problemas cardíacos, além de abrir espaço para outras doenças como hipertensão, alergias e distúrbios intestinais.

Para a empresa, os problemas financeiros dos colaboradores podem levar ao maior absenteísmo e presenteísmo e aumentar o índice de turnover, elevando os custos com demissões, recrutamento de novos funcionários e treinamentos internos. Segundo a American Heart Association and Centers for Disease Control, um colaborador estressado financeiramente custa ao empregador, em média, 17% de seu salário anual bruto.

Mas, então, o que fazer diante de assunto tão delicado como esse? Bem, além de ter salários e benefícios competitivos, existem algumas alternativas que podem ser de bom tom. Uma delas é estruturar um programa voltado exclusivamente à saúde financeira dos funcionários.

Mais que incentivar o corte de gastos, a prática representa um conjunto de ações que visam levar aos times mais qualidade de vida, equilíbrio e melhor relação com o dinheiro. A empresa pode, por exemplo, disponibilizar consultas com planejadores financeiros, promover palestras sobre o tema, oferecer conteúdo financeiro educativo e até mesmo ajudar o colaborador na construção de patrimônio por meio de uma previdência privada corporativa.

Essas podem parecer soluções simples à primeira vista, mas garanto que os resultados vão surpreender você. Invista sem medo na saúde financeira dos seus colaboradores!

A boa saúde financeira do seu time ajuda a reter talentos

Por Samuel Torres, analista de investimentos da Onze – fintech de previdência privada e saúde financeira com acesso a uma plataforma 100% digital, fundos diversificados e gestão especializada do dinheiro. É graduado em Administração de Empresas pela FGV-EAESP e tem mais de 10 anos de experiência em finanças corporativas e no mercado financeiro. Possui as certificações de Chartered Financial Analyst (CFA), Chartered Alternative Investment Analyst (CAIA) e CGA.

 

Ouça também o RHPraVocê Cast, episódio 126, “Até o ‘bom dia’ vira reunião: é mesmo tão difícil se adaptar à comunicação assíncrona?”. Será que todos os líderes estão, de fato, preparados para se adaptar a um diferente estilo de comunicação? Há solução para as reuniões em excesso deixarem de ser parte do dia a dia?

Para responder a isso e auxiliar no melhor entendimento sobre a importância da comunicação assíncrona, o RH Pra Você Cast traz a neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa de educação corporativa. Clique no app abaixo:

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